Nos últimos tempos pratiquei em plena altura de inverno, com o meu velho melhor amigo, o aquecedor, que colei estrategicamente no limite do meu tapete, porque embora o nosso, português, seja menos intenso quando comparado com outros países europeus, continua a ser um inverno, época mais fria do ano. O calor interno é o veículo principal para a função de desintoxicação do organismo, que normalmente surge pela conjunção da técnica de respiração com os movimentos e posturas. Ora aqui em Mysore, não é preciso nenhum aquecedor, a temperatura é de época de verão da India! E ainda existem todas estas pessoas que praticam ao mesmo tempo, na mesma sala.
O calor interno traz consigo maior oxigenação não só aos nossos benditos cérebros, mas também aos nossos músculos, permitindo irmos entrando em cada uma das posições, para permanecermos nelas sem dor ou incomodo. O Guruji, Shri K. Pattabhi Jois, falava que a técnica da respiração associada com os movimentos e posturas (Vinyasa), os Bandhas - técnica mais subtil de contrações especificas musculares e energéticas, e os Dristhis - os focos oculares, criavam tal calor interno que o sangue fervia nas nossas veias, circulando melhor pelo nosso corpo, removendo impurezas e doenças, originando um processo profundo de limpeza física, onde o suor, a reacção natural a este calor interno, era traduzido em transpiração.
E Sharath, nesta passada Quinta-feira, estava a corrigir a praticante ao meu lado, dizendo que ela estava a praticar muito lento, que devia respirar mais rápido. Eu lá continuei a minha prática, mas palavras de professor ficam connosco, mesmo quando não são dirigidas para nós. E no final da aula, dei comigo a reflectir sobre as suas indicações, e sem dúvida que se podem aplicar a vocês, aí de casa, que não estão a conseguir aquecer ao ponto de transpirar.
Vejam se na vossa próxima aula, de Domingo, respiram um pouco mais rápido, accionem os bandhas, foquem os vossos olhos e reparem no que acontece com a fluidez da vossa prática e no que acontece com a vossa temperatura interna. Observem-se, sem se julgarem, ou criarem imposições ao grau de transpiração, mas tentem accionar um pouco mais a respiração. A respiração deve ter ritmo, sem ser demasiado lento como tão sabiamente advertiu Sharath, mas também não deve ser rápido demais, que seja um ritmo dinâmico, formado pela técnica da respiração - nasal, sem paragens entre inspiração e expiração, onde a quantidade de ar que entra seja a mesma que sai, com som e que active o vosso calor interno.
No final da prática, há sempre uma água de coco para restituir os líquidos gastos. Aqui há a benção de ser natural, mas aí há muitas opções e marcas orgânicas. E mesmo em pleno inverno, a agua de coco a seguir à prática, é uma optima fonte de hidratação.
Boas práticas!
EN
Lately I have practiced in full winter time, with my old best friend, the heater, which i glue strategically on the edge of my mat, because although ours, Portuguese, is less intense when compared with other European countries, is still a winter, the coldest time of year.
The internal heat is the main vehicle for the detoxification function of the body, which usually comes by the conjunction of breathing technique with movements and postures. Here in Mysore, we do not need to use a heater, the temperature is India's summer time! And there are all these people who practice together at the same time, in the same room.
The internal heat brings increased oxygenation not only to our blessed brains, but also to our muscles, allowing us to entering in each position, to remain without pain or discomfort. Guruji, Shri K. Pattabhi Jois, used to say that the breathing technique associated with movements and postures (Vinyasa), the Bandhas - a more subtle technique of muscle and energy specific contractions, and the Dristhis - the eye focuses, created such internal heat, that the blood boiled in our veins, circulating better through the body, removing impurities and diseases, giving a deep physical cleaning process, where sweat, the natural reaction to this internal heat, is translated in perspiration.
And Sharath, this past Thursday was correcting one practitioner beside me, saying she was practicing very slow, she should breathe faster. I kept continuing my practice, but teacher's words stay with us, even when they are not directed at us. And at the end of class, I found myself reflecting on his directions, and no doubt that may apply to you, people from our house of practice, that are having a hard time to warm up to the point of sweating.
See if in your next class, Sunday, you breathe a little faster, activate the bandhas, focus your eyes and notice what happens to the flow of your practice and what happens to your internal temperature. Observe yourself, without judging, neither create levels to the degree of perspiration, but try breath a little faster. Breathing should have pace, without being too slow as so wisely warned Sharath, but also should not be too fast, it should be a dynamic pace, formed by the breathing technique - nasal, non-stop between inhalation and exhalation, where the amount of air entering is the same that goes out, with sound to activate your internal heat.
At the end of practice, there is always a coconut water to restore the spent water. Here there is the blessing of being natural, but there you have many organic options and brands. And even in winter, the coconut water following the practice is an optimum source of hydration. Happy practicing!
O calor interno traz consigo maior oxigenação não só aos nossos benditos cérebros, mas também aos nossos músculos, permitindo irmos entrando em cada uma das posições, para permanecermos nelas sem dor ou incomodo. O Guruji, Shri K. Pattabhi Jois, falava que a técnica da respiração associada com os movimentos e posturas (Vinyasa), os Bandhas - técnica mais subtil de contrações especificas musculares e energéticas, e os Dristhis - os focos oculares, criavam tal calor interno que o sangue fervia nas nossas veias, circulando melhor pelo nosso corpo, removendo impurezas e doenças, originando um processo profundo de limpeza física, onde o suor, a reacção natural a este calor interno, era traduzido em transpiração.
E Sharath, nesta passada Quinta-feira, estava a corrigir a praticante ao meu lado, dizendo que ela estava a praticar muito lento, que devia respirar mais rápido. Eu lá continuei a minha prática, mas palavras de professor ficam connosco, mesmo quando não são dirigidas para nós. E no final da aula, dei comigo a reflectir sobre as suas indicações, e sem dúvida que se podem aplicar a vocês, aí de casa, que não estão a conseguir aquecer ao ponto de transpirar.
Vejam se na vossa próxima aula, de Domingo, respiram um pouco mais rápido, accionem os bandhas, foquem os vossos olhos e reparem no que acontece com a fluidez da vossa prática e no que acontece com a vossa temperatura interna. Observem-se, sem se julgarem, ou criarem imposições ao grau de transpiração, mas tentem accionar um pouco mais a respiração. A respiração deve ter ritmo, sem ser demasiado lento como tão sabiamente advertiu Sharath, mas também não deve ser rápido demais, que seja um ritmo dinâmico, formado pela técnica da respiração - nasal, sem paragens entre inspiração e expiração, onde a quantidade de ar que entra seja a mesma que sai, com som e que active o vosso calor interno.
No final da prática, há sempre uma água de coco para restituir os líquidos gastos. Aqui há a benção de ser natural, mas aí há muitas opções e marcas orgânicas. E mesmo em pleno inverno, a agua de coco a seguir à prática, é uma optima fonte de hidratação.
Boas práticas!
EN
Lately I have practiced in full winter time, with my old best friend, the heater, which i glue strategically on the edge of my mat, because although ours, Portuguese, is less intense when compared with other European countries, is still a winter, the coldest time of year.
The internal heat is the main vehicle for the detoxification function of the body, which usually comes by the conjunction of breathing technique with movements and postures. Here in Mysore, we do not need to use a heater, the temperature is India's summer time! And there are all these people who practice together at the same time, in the same room.
The internal heat brings increased oxygenation not only to our blessed brains, but also to our muscles, allowing us to entering in each position, to remain without pain or discomfort. Guruji, Shri K. Pattabhi Jois, used to say that the breathing technique associated with movements and postures (Vinyasa), the Bandhas - a more subtle technique of muscle and energy specific contractions, and the Dristhis - the eye focuses, created such internal heat, that the blood boiled in our veins, circulating better through the body, removing impurities and diseases, giving a deep physical cleaning process, where sweat, the natural reaction to this internal heat, is translated in perspiration.
And Sharath, this past Thursday was correcting one practitioner beside me, saying she was practicing very slow, she should breathe faster. I kept continuing my practice, but teacher's words stay with us, even when they are not directed at us. And at the end of class, I found myself reflecting on his directions, and no doubt that may apply to you, people from our house of practice, that are having a hard time to warm up to the point of sweating.
See if in your next class, Sunday, you breathe a little faster, activate the bandhas, focus your eyes and notice what happens to the flow of your practice and what happens to your internal temperature. Observe yourself, without judging, neither create levels to the degree of perspiration, but try breath a little faster. Breathing should have pace, without being too slow as so wisely warned Sharath, but also should not be too fast, it should be a dynamic pace, formed by the breathing technique - nasal, non-stop between inhalation and exhalation, where the amount of air entering is the same that goes out, with sound to activate your internal heat.
At the end of practice, there is always a coconut water to restore the spent water. Here there is the blessing of being natural, but there you have many organic options and brands. And even in winter, the coconut water following the practice is an optimum source of hydration. Happy practicing!
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