sábado, 31 de janeiro de 2015

Happy Flights!

Ás vezes levamos tempo para aprender o que há muito ouvimos, sentimos e até vivemos. Ás vezes precisamos de ouvir mais vezes, sentir e viver muitas mais vezes, para realmente encaixar o que estava ali tão perto mas tão difícil de entender.

Sim, quando os pássaros são criados em gaiolas com certeza acreditam que voar é doença. Devem olhar para os outros lá fora, de asas estendidas a subir e descerem os céus e considerarem-os como loucos por se aventurarem em algo tão radical como voar.

Porque dentro da gaiola é mais seguro. Ali o espaço é limitado, e em pouco tempo vira familiar, conhecido e reconhecido, onde podemos caminhar até de olhos fechados, nada será inesperado, a caixa da comida está à direita, o bebedouro à esquerda, o poleiro lá em cima, a porta onde entra a mão, à tal e à mesma hora para trazer comida está ali ao lado. Existe todo um suposto conforto e estabilidade, mas também toda uma dependência daquele espaço e de alguém, há sempre alguém que toma conta, alguém que cuida, ali o pássaro não tem livre-arbítrio, vive para o bem e para o mau sob a alçada daquela mão.

Sim, voar deve ser considerado uma doença, para quem está dentro das grades. Para quem vive dentro de um espaço limitado, voar é o puro desvio da normalidade! Mas há um mundo lá fora para explorar, um mundo para ver de perto, um mundo para ser vivido não pelo o que imaginamos, nem pelos limites das grades de uma gaiola, que na grande maioria das vezes  foram construídas por nós mesmos, solidificadas e reforçadas ano após ano, à custa dos nossos hábitos, padrões, pensamentos, escolhas e decisões.

Cabe a cada um, abrir a porta da gaiola, sem ajuda da tal mão, olhar pela janela e dar um salto para o inesperado. A pior das hipóteses é que as asas de tão domesticadas não consigam mexer-se com coordenação para voar e que ocorra algum percalço. Mas talvez a essência da arte de voar esteja em cada um, e no momento que saltamos, hajam surpresas que trazem a mais bonito sorriso, o sorriso da liberdade e superação de nós mesmos.
Bons voos!
Boas práticas!
*foto retirada de pesquisa online

*******SOMETIMES we need  time to learn what we already heard, felt and lived. Sometimes we need to hear it more times and to feel and live it many more,  to really get what was there so close but so hard to understand.

Yes, when the birds are raised in cages certainly they believe that flying is disease. For sure they must look at the others out there, spreading their wings to rise up and down the heavens and consider them as crazy for venturing into something as radical as fly.

Because inside the cage is safer. The space there is limited, easily becomes familiar, known and recognized as we can walk with the eyes closed, nothing is unexpected, the food box is on the right, the water on the left, the perch is up there, the door where it enters the hand, at the exact same time to bring food is also there. There is a whole supposed comfort and stability, but also a whole dependency from that space and from someone, there is always someone to take care, someone who cares, there the bird has no free will, living for the good and bad within the scope of that hand.

Yes, flying must be considered a disease for those who live inside the bars. Flying is pure deviation from normally, for those who live within a limited space! But there is a world out there to explore, a world to see up close, a world to be lived not by what we imagine, or by the limits of cage bars, which in most cases were built by ourselves, solidified and reinforced year after year at the expense of our habits, patterns, thoughts, choices and decisions.

It is each of us, that have to open the cage door, without help of that hand, look out of the window and take a leap into the unexpected. The worst that can happen, is that the wings so domesticated by the years, can not move with coordination to fly, and that some difficulty happen. But perhaps the essence of flying is in each one, and when you jump, it happen surprises that bring the most beautiful smile, the smile of freedom and overcoming ourselves.
Happy flights!
Happy practicing!
*photo from online research

sábado, 17 de janeiro de 2015

WHY?!

Porquê?!
A resposta é simples.

Quando perguntam porque é que eu ainda pratico Ashtanga Yoga, lembro-me sempre destas imagens, dos alunos a praticarem e da luz do sol a entrar pelas janelas altas do Shala, produzindo o reflexo das suas sombras. Ali estão eles, eu, nós, de frente para nós mesmos.

Sim, é por isso é que ainda pratico Ashtanga Yoga, porque todos os dias estou de frente para mim mesma.
Mesmo quando não quero, ou não me apetece. Ali, estamos de frente para nós mesmos, para bom e para o mau.
Boas práticas!
*foto retirada do nosso arquivo pessoal

*******Why?! The answer is simple.

When people ask me, why I still practice Ashtanga Yoga, i  always remember these images, the students practicing and the sunshine streaming through the Shala high windows, producing a reflection of their shadows. There they are, there i am, there you are, facing ourselves.

Yes, that's why i still practice Ashtanga Yoga, because every day I am facing myself.
Even when I do not want, or i do not feel like it. There, we are facing ourselves, for good and for the bad.
Happy practicing!
*photo from our personal archive

domingo, 4 de janeiro de 2015

BCN+ASHTANGA YOGA




Se pondera fazer uma pausa no trabalho para viajar para algum lugar onde possa visitar e manter a sua prática de Ashtanga Yoga, deverá adicionar Barcelona à sua lista. A cidade só por si vale a pena, seja pelos aspectos históricos, culturais, artísticos, arquitectónicos e porque existem opções de escolas e bons professores de Ashtanga Yoga. Seja para conhecer de perto os maiores exemplos do modernismo arquitectónico Catalão, perdendo-se com as formas, os materiais e a fluidez de Gaudi, ou para entrar na Fundação Joan Miró e deixar-se levar pelos quadros que exprimem um mundo de subjectividade, de imaginação, de transposição do suposto.
Mas se não quer perder tempo nas filas de entrada da La Pedrera, da Sagrada Família, do Museu Picasso, tem a opção de simplesmente caminhar pelas ruas da cidade, descarregue para o seu telefone o mapa da cidade e  traga sapatos confortáveis porque no final do dia, o mais provável foi ter percorrido kms.  Há toda uma experiência de viver esta cidade, de passear pelo Bairro Gótico, de perder-se nas Ramblas, ou de encontrar o mar em Barceloneta. Para quem gosta de comer saudável,  existem óptimas soluções, desde a comida típica dentro dos vários mercados, como o Boqueria, a uma variedade de restaurantes como os de Teresa Carles, www.teresacarles.com, com pratos vegetarianos de pedir por mais e sumos com receitas que irá querer apontar, mas faça primeiro reserva para garantir que não tem de aguardar muito tempo, pois normalmente estão sempre lotados.
Para quem transportou o seu Yoga mat,  vá a www.kpjayi.org, selecione a lista de professores e o país, Espanha. De acordo com a localização de onde está a ficar, escolha o professor e a escola, pesquise os horários das aulas, mande um email ou ligue e aproveite para praticar o seu Ashtanga numa nova comunidade de pessoas, que como eu e você, estendem o tapete para procurarem uma forma de conexão entre respiração, corpo e mente.
Bom Ano!
Boas práticas!

*fotos retiradas de arquivo pessoal


********If you are considering making a break from work to travel to some place where you can visit and maintain your practice of Ashtanga Yoga, you must add Barcelona to your list. The city itself is worth, is it for historical, cultural, artistic, architectural and because there are options of schools and good teachers of Ashtanga Yoga. Is to get to know the greatest examples of Catalan architectural modernism, losing yourself  to the forms, materials and the fluidity of Gaudi, or to enter the Joan Miró Foundation and get lost by the paintings that express a world of subjectivity, of imagination, of supposed transposition.
But if you do not want to waste time in the entrance queues of La Pedrera, Sagrada Familia, Picasso Museum, you will have the option of simply walk through the streets, download to your phone the city map, bring comfortable shoes because at the end of the day, the more likely it is that you walked quilometers. There is a whole experience of living this city, strolling through the Gothic Quarter, losing yourself in the Ramblas, or finding the sea in Barceloneta. For those who like to eat healthy, there are optimal solutions, from the typical food within various markets such as the Boqueria, to a variety of restaurants such as Teresa Carles, www.teresacarles.com, with vegetarian dishes to ask for more and juices with recipes that you will want to point, but make reservation first to ensure that you don´t have to wait long, as they are usually always crowded.
 For those who carried your Yoga mat, go to www.kpjayi.org, select the list of teachers and the country, Spain. According to the location of where you are staying, choose the teacher and the school, search for the class schedules, email or call and take the opportunity to practice your Ashtanga, in a new community of people, that like you and me, extend the mat to find a way of connecting breath, body and mind.
Happy New Year!
Happy practicing!


* photos from personal archive