quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

MARK ROBBERDS ASHTANGA YOGA INTENSIVE, FROM 5th to 9th OCTOBER, IN ASHTANGA CASCAIS, LISBON, PORTUGAL


INTENSIVO DE ASHTANGA YOGA COM  MARK ROBBERDS, DE 5 a 9 de OUTUBRO, NO ASHTANGA CASCAIS, LISBOA, PORTUGAL 

O Ashtanga Cascais recebe Mark Robberds num grande Intensivo de Ashtanga Yoga, que pretende juntar toda a nossa comunidade Ashtangi para 5 dias muito especiais. 
5 dias de práticas de Mysore Style + 2 dias de Workshop com temas específicos que pretendem auxiliar com conhecimentos, perspectivas e conselhos como importante ajuda à vossa prática. 

PROGRAMA
5 manhãs de prática de Mysore Style -  a forma tradicional de praticar e ensinar Ashtanga Yoga - onde Mark trabalhará individualmente com cada praticante, aconselhando, corrigindo, ajustando, e conduzindo cada participante para uma vivência segura, estável e interna do Ashtanga Yoga. 
Existem 2 turnos para as turmas de Mysore Style com começo às 6.45, às 8.15 (no acto da inscrição deverão escolher o vosso turno preferido).
 +
Sabádo, dia 8, às 16h,  "Primary Series: Transitions & Gatekeepers" 
Neste Workshop o Mark levará cada praticante a uma viagem pela Primeira Série de Ashtanga Yoga, focando na importância das posturas de pé e nos saltos para a frente e para trás. Mark irá providenciar técnicas e instrumentos que ajudarão a entender as posturas chaves da Primeira Série, assim como desenvolvermos a capacidade de melhor saltarmos para a frente e para a trás, em cada umas das transições.  (duração 2.30h)

Domingo, dia 9, às 11h, "Backbending: Basics and Beyond "
Esta aula será para todos os alunos que pretendem compreender como executar de forma segura movimentos de flexão da coluna. Mark apresentará opções para todos os níveis de praticantes, para explorarem as posturas de Backbending  dentro das séries de Ashtanga Yoga. Esta será uma grande oportunidade para fazerem questões e trabalharem de forma inteligente as várias posturas de Backbending das Séries de Ashtanga Yoga.  (duração 2.30h)

SOBRE
Mark Robberds 
estuda Yoga desde 1997, é professor Certificado pelo reconhecido KPJAYI,  passou os últimos 15 anos a viajar para Mysore, India, para estudar com Shri K. Pattabhi Jois e Sharath Jois. Desde 2005 que é um conhecido professor convidado a leccionar workshops e retiros de Ashtanga Yoga internacionalmente, viaja constantemente inspirando pessoas dos 4 cantos do Mundo a praticarem Ashtanga Yoga. Mais sobre o Mark em www.markrobberds.com.

O NOSSO SHALA

é mesmo em frente às praias do Estoril, com uma pequena pesquisa online e você vai encontrar uma abundância de lugares para ficar no Estoril. Conte com dias ainda quentes, clima agradável, caminhadas pelo paredão, facilmente visitará Cascais, Lisboa e a incrível Sintra. Outubro em Portugal, é uma altura muito especial para nos visitar. 

INSCRIÇÕES E MAIS INFORMAÇÕES
ashtangacascais@gmail.com

EN 


ASHTANGA YOGA INTENSIVE WITH MARK ROBBERDS, FROM 5-9th OCTOBER, IN  ASHTANGA CASCAIS, LISBON, PORTUGAL



Our Ashtanga Cascais receives Mark Robberds for an amazing Ashtanga Yoga Intensive, which aims to bring together all our Ashtangi community for 5 very special days.

5-day practices of Mysore Style + 2 day workshop with specific themes that are intended to assist you with knowledge, perspectives and advice as an important aid to your practice.

PROGRAM 
5 morning Mysore Style practice - the traditional way of practicing and teaching Ashtanga Yoga - where Mark will work individually with each practitioner, advising, correcting, adjusting, and leading each participant to experience a safe, stable and internal Ashtanga Yoga.
There are two shifts for thef Mysore Style classes to start at 6:45, at 8:15 am (in the registration should choose your preferred shift).
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Saturday 8th, at 4pm, "Primary Series:  Gatekeepers and Transitions"
In this Workshop Mark will  take each practitioner to a journey through the Primary Ashtanga Yoga Series, focusing on the importance of standing postures and jumps back and jumps throughs. Mark will provide techniques and tools that will help you understand the key positions of the First Series, as well as develop the ability to better do the transitions between poses. (Duration 2.30h)

Sunday 9, at 11 am, "Backbending: Basics and Beyond"
This class is for all students who wish to understand how to backbend safely. Mark will present options for all levels of practitioners, to explore the Backbending postures within the Ashtanga Yoga Series. This will be a great opportunity to ask questions and work intelligently in the various Backbending postures of Ashtanga Yoga Series. (Duration 2.30h)

ABOUT 
Mark Robberds
studies Yoga since 1997, he is Certified recognized KPJAYI teacher,  spent the last 15 years traveling to Mysore, India, to study with Pattabhi Jois and Sharath Jois. Since 2005 is a well-known invited teacher to lead internationally  Ashtanga Yoga workshops and retreats, he travels constantly inspiring people from the four corners of the world to practice Ashtanga Yoga. More about Mark in www.markrobberds.com.

OUR SHALA 
is right by Estoril beaches, with a small online research and you will find plenty of places to stay in Estoril. Count with still warm days, nice weather, walks through the boardwalk, easily to visit Cascais, Lisbon and the amazing Sintra. October in Portugal is a beautiful mellow time to be here. 

MORE INFO AND REGISTRATIONS

ashtangacascais@gmail.com

domingo, 21 de fevereiro de 2016

ASHTANGI MUMS



Desculpem os homens,  que são pais e praticantes! Vocês também são uma inspiração, e escrevo isto com total sinceridade! Mas desde 2003 que devagarinho fui ensinando Yoga, na altura a maioria dos meus alunos eram mulheres e muitas eram mães. Em 2006 timidamente iniciei-me no ensino do Ashtanga Yoga, e também eram as mulheres que mais apareciam e igualmente, muitas mães. Em 2007 quando abrimos a nossa humilde casa de prática, onde começamos o Shala com zero alunos, em que a nossa única forma de publicitar o Ashtanga Cascais era uma página do facebook e os escritos que comecei a publicar aqui em 2008,  lá aos poucos fomos sendo abençoados por alunos, que durante muitos anos, pelo menos até 2012 eram mais mulheres, e muitas mães. Foi a partir de 2009 que comecei a acompanhar muitas de vocês aquando grávidas, umas conseguem levar a prática até aos 9 meses, outras optam por parar mais cedo. Isto tudo para dar um contexto que desde o começo deste meu caminho no ensino do Yoga e depois do Ashtanga Yoga, que venho a leccionar muitas mulheres,  mães e futuras mães. Sem desconsiderar todos os meus queridos alunos homens, pais e praticantes dedicados! Mas nesta minha viagem a Mysore, ganhei ainda mais respeito pela gente do meu género que são mães e praticantes dedicadas de Ashtanga Yoga.

Eu cheguei no começo do mês de Fevereiro, plena época alta como já descrevi noutros posts, e calhou-me o último turno das aulas, então, enquanto ainda estou em casa a fazer tempo para ir para a escola, tenho vindo ao longo destas semanas  a assistir as idas ao Shala e o retorno a casa das minhas vizinhas que são mães, têm cá os filhos, os seus maridos estiveram com elas umas semanas e agora estão sozinhas com as crianças. A vizinha debaixo, tem um filho de 3 anos, a outra aqui do lado, tem uma menina de 5 anos. 6x por semana escuto as babysitters a chegarem, as mães a falarem baixinho à porta com elas, para de madrugada deixarem as crianças com as "sitters" e  irem para o Shala. Deduzo que fazem uma prática tão intensa como a minha e como a de todos os que aqui estão, quer façamos primeira série, 2ª, ou terceiras séries, como também descrevi nos posts anteriores, tudo aqui é mais forte e profundo, esticamos o corpo, mas a mente e alma vêm juntas e aparecem à superfície de nós mesmos,  um conjunto de emoções para observar, trabalhar e superar. Passado umas horas,  oiço-as voltarem, vejo com maior regularidade a vizinha aqui ao lado, mas pelo que consegui observar a outra também passa pelo mesmo. Lá vejo dia sim, dia sim, 6 dias de uma semana longa, a minha vizinha italiana a voltar da escola, escuto os passos lentos no corredor, vejo-a pelas minhas janelas, sempre de cabelo ainda visivelmente molhado de todo o suor libertado no Shala, olhar intenso de quem andou a trabalhar em cada respiração e postura, antes de passar pela minha última janela, já se escuta em alto e bom som a filha de 5 anos, a Mila, a dizer no seu italiano, MAMMAAAAA! e a correr para a mãe para a abraçar. A mãe coitada, ainda com a cabeça e a alma no tapete, dá um sorriso a esconder  a notada necessidade de algum descanso. Diz-lhe baixinho, no seu italiano, "Querida deixa a mãe tomar banho e descansar dois minutos, e depois vamos fazer as nossas coisas.", a menina com certeza sem entender muito do porquê do descanso de dois minutos, não responde que sim nem que não. Mas sorri. E canta alto e repleta de alegria, no seu italiano que me faz lembrar as cantigas da Maria do Mar e do olhar deslumbrado de amor do Jo! Elas lá entram para casa, eu continuo a teclar no meu computador a escrever-vos mais algumas das histórias que me inspiram e que me dão vontade de partilhar convosco. Passados no máximo uns 10 minutos, já está a mãe à porta de ar de banho tomado, a estender o tapete dela ao sol, a pendurar na corda roupa lavada, para depois ainda ouvir os tachos na cozinha a darem sinais de preparação do pequeno-almoço. A bela Mila vem de camisa de dormir dizer-me o "Bom dia", no seu italiano enternecedor ao qual respondo numa tentativa de italiano que a faz rir. Para depois eu sair para a minha prática e elas continuarem o seu dia.
A vizinha de baixo tem um rapaz de três anos, vai ser um parte-corações, é simplesmente lindo. Cheio de energia, sobe muitos pares de vezes ao dia as escadas cá para cima para vir ter com a sua amiga Mila, o que obriga também, a minha vizinha, sua mãe, a subir as escadas não sei quantas vezes ao dia. De cada vez que passa na minha porta, sorri-me, encolhe os ombros pelo alegria do filho, mas percebe-se o quão cansada está, não tem dois minutos de descanso, nem mesmo um! Mas além do cansaço de ambas, estão sempre sorridentes, uma mães presentes, que cuidam dos seus filhos, e com vontade e organização praticam diariamente o seu Ashtanga!
Força mulheres aí de casa, para as vossas práticas e para os vossos dias!

EN
Sorry men, which are parents and practitioners! You are also an inspiration, and I write this with all sincerity! But since 2003 I have been slowly teaching Yoga at the time most of my students were women and many were mothers. In 2006 timidly I started  teaching Ashtanga Yoga, and  were also women who appeared more in the class and also many mothers. In 2007 when we opened our humble practice home,  where we started the Shala with zero students, where our only way to advertise Ashtanga Cascais was for a facebook page and the writings that began to publish here in 2008, slowly we begin to be blessed with  students presence, who for many years, until at least 2012 were more women, and many of you were already mothers. Was also from 2009 that I began to follow many of you when you were pregnant, some are able to take the practice up to nine months, others choose to stop early. This all to give a context that since the beginning of my teaching Yoga and after Ashtanga Yoga that i  teach many women, mothers and future mothers. Without being to disregard all my male students, that are parents and dedicated practitioners! But this trip to Mysore, I gained even more respect for the people of my gender who are mothers and dedicated practitioner of Ashtanga Yoga.

I arrived at the beginning of February, full high season as I have described in other posts, and im in the last shift to go practice, so while I'm still at home to make time to go to school, I have been throughout these weeks watching the goings to the Shala and the returns home of my neighbors who are mothers, are here with their children, their husbands have been with them a few weeks and now they are alone with the children. The downstairs neighbor, has a 3 year old boy, my next door neighbor has 5 year old girl. 6 days per week i hear the babysitters arriving, the mothers speaking softly with them at the door,  to early in the morning leave the children with the "sitters" and go to Shala. I m pretty sure they make a practice as intense as mine as all those who are here, even if you are making only first, second or thirds series,  as i also described in my previous posts, everything here is stronger and deeper, we stretched the body, but the mind and soul come together and appear on the surface of ourselves, a set of emotions to observe, work and overcome. Past few hours and I hear them coming back, i see more regularly the neighbor next door, but from what I could observe the other also goes through the same. There I see day in,  day in, 6 days of a long week, my Italian neighbor coming home from school, I hear slow footsteps in the hall, I see her through my windows, always with the hair still visibly wet from all the sweat released in Shala, intense look like those who worked every breath and posture. And before she pass through my last window, we can already  listen in loud and clear the 5 year old daughter, Mila, to say in her Italian "MAMMAAAAA!", as she  runs to the mother to embrace her. The poor mother, still with the head and the soul on the mat, gives a smile to hide the perceived need of some rest. Tells her softly, in her Italian, "Honey,  mums needs a bathe and rest for two minutes, and then we do our things." The girl for sure, without understanding why the rest of two minutes, neither says yes or not. But smiles. And sing loud and full of joy in her Italian who reminds me of the songs of Maria do Mar and the dazzled love gaze of Jo! They enter there home, and i m still  typing at my computer to write you a few of the stories that inspire me and make me want to share with you,  after no more than about 10 minutes, she is already at her door, bathed and extending her mat in the sun,  hanging other laundry on the rope,  for after i hear the pots in the kitchen that gives signals of preparation of breakfast.The beautiful Mila comes with her nightgown tell me Good Morning, in  her endearing Italian to which I reply in an attempt of Italian who makes her laugh. And then I go to my practice and they continue their day.
The downstairs neighbor has a boy of three years, that will be a break many girls hearts, as he is simply beautiful! Full of energy,  many pairs of times a day he comes upstairs for visit her friend Mila, which forces also my neighbor, his mother, i don´t know how many times a day to come up the stairs. Each time she pass on my door,  she smiled at me, shrugs her  shoulders for her son's joy, but we can see how tired she is, she don t have two minutes rest, not even one! But beyond the fatigue of both, they are always smiling, a gift mothers who care for their children, and with will and daily organization practice their Ashtanga!
Send your strength,  women from our house, for your practice and your day!

sábado, 20 de fevereiro de 2016

WALK INSIDE!


Ao longo dos anos vamos coleccionando histórias vividas com o nosso professor,  momentos que registamos mentalmente, porque cada  instante é importante para melhorarmos a nossa forma de sentir, pensar e viver esta prática. No final da aula,  nos meus  DROPBACKS -  estar de pé e descer para uma chamada "ponte" e voltar a ficar de pé, o Sharath falava com uma das assistentes, explicava como é que ela deveria fazer o CATCHING, ou seja, levar as mãos dos alunos na tal da "ponte" a agarrarem os seus próprios tornozelos.  Durante a prática ouve-se muitas vezes a voz de Sharath a dizer, WALK INSIDE. YOU WALK INSIDE,  tu aí, anda com as mãos na direcção dos pés! Porque quando conseguimos começar a reduzir o espaço entre as mãos e os pés, ganhamos maior percepção do trabalho intenso das pernas, focamos igualmente na capacidade de aliviar qualquer tensão na zona lombar e sagrada, criando espaço na coluna para pudermos abrir toda a parte da frente do corpo, desenvolvemos estrutura para esticar os braços, e procuramos manter a respiração equilibrada e estável. É uma postura intensa, mas de enormes benefícios - desde esticar o peito e os pulmões, ao fortalecimentos das pernas, nádegas, coluna e abdomen, braços e pulsos, equilibra a glândula tiróide, aumenta a energia do nosso corpo, assim como do nosso sistema imunitário, tem um efeito terapêutico sobre a depressão, entre muitos outros.

E enquanto eu subia e descia dos meus Dropbacks, sentia-o ali perto de mim a falar com a assistente, a explicar o que ela devia fazer, cá dentro pensei, "Ui! Não quero ser cobaia dela!"Mas invés de ser ela a ajustar, apareceu ele, e cá dentro disse "Ui! Hoje já não me safo!". Ele começou a ajustar-me, 1, 2, 3 meios movimentos, com a minha respiração sincronizada de cada vez que ia para baixo e para cima, e na 4ªx quando iria supostamente com as mãos ao chão, para caminhar até chegar ao meus calcanhares e aí, ele ajustaria-me as mãos para agarrar acima dos  meus tornozelos, reparo numa fracção de segundo, que ele estava a levar-me directo do ar para os tornozelos. Ainda tive tempo de dizer para mim mesma, "MÍUDA RELAXAAAAA!" e ele levou a minha mão direita, disse-me qualquer coisa como " Vera very Good!",  e eu a respirar mandei para mim mesma, " SOLTAAAAAA O CORPOOOOO E RESPIRAAAA MÍUDA!" enquanto ele me agarrava sabiamente a mão esquerda e leva-a directo acima do tornozelo esquerdo, e mais uma vez recebi dele, um "Vera, very Good!". Não tive a minima dor, restrição no movimento, ou incomodo, fiquei a respirar calmamente. Aproveitei aquele momento, tão bom! Mas não durou muito tempo. Quando estava eu com o  meu Ego toda feliz por estar ali, orgulhosa pelo primeiro Catching da temporada pelo ar, vejo e sinto a mão de Sharath a puxar-me a minha mão direita mais acima e pensei, "RESPIRA VERAAAAA!" e eu respirei, ele também me disse qualquer coisa para estar calma, nem me lembro do que foi,  tudo aquilo é intenso, não existe dor, mas a experiência é intensa, especialmente quando não recebemos nenhum ajuste nesta posição há ano e meio! Lá agarrei  também com a mão esquerda um pouco mais acima, mas em menos que um segundo soltei. Escutei dele um "OHHH VERA! ", e eu em modo de desculpa, disse-lhe em inglês enquanto controlava a respiração para conseguir falar, "foi a primeiro Catching da temporada!". E ele quase no meu ouvido, "pois mas já passaram 18 dias! Porque tens tanto medo?!" e eu ouvi, continuei a sorrir e entrei no PASCIMATTANASA, respirei, agradeci e fui acabar a prática no balneário, como é o normal. Claro que as palavras dele ficaram cá dentro! A lição que tiro disto?
É a coragem que este senhor dá a cada aluno, as mãos sábias nos ajustes, que vão cirurgicamente ao lugar certo, não criando qualquer dor. A inspiração e motivação que ele passa para entrarmos para dentro das posições e  retirarmos maior benefício de cada uma.  WALK INSIDE GENTE AÍ DE CASA, não só nesta posição, mas em todas as que vocês têm. Sem dor, sem forçar, mas pela respiração, com coragem no coração e foco na mente. Boas práticas!

EN
Over the years we collect  moments experienced with our teacher, because every one is important to  improve the way we feel, think and live this practice. At the end of the lesson, in my DROPBACKS, that is to stand up and go down for a so-called "bridge" and return to stand,  Sharath was speaking with one of the assistants,  explaining  to her how she should do CATCHING, that is, bringing the hands of  the students in the "bridge" to grab their own ankles. During practice we hear the voice of Sharath saying, WALK INSIDE. YOU WALK INSIDE, meaning, you there, walking with your hands in the direction of your feet. Because when we start reducing the gap between the hands and feet, we gain greater insight from the intense work of the legs, also focus on the ability to relieve any tension in the lumbar and sacral area, creating space in the column for we can open all the front body, we also developed structure to stretch our arms, and maintain a balanced and stable breathing. It is an intense posture, but  with huge benefits - from stretching the chest and lungs, strengthens legs, buttocks, spine and abdomen, arms and wrists, balances the thyroid gland, increases the energy of our body, and our immune system, and  has a therapeutic effect on depression, among many others.
As I went up and down  in my Dropbacks,  i felt him next to me talking to the assistant, explaining what she should do. Inside me I thought, "Ui! I  do not want to be her guinea pig!" But instead for her, he was the one you appeared in front of me,  inside me  i said, "Ui! Today i will have to do it!". He begins to adjust me, 1, 2, 3 half movements,  with my synchronized breathing every time I went down and up, at the forth time when I supposedly put my hands to the ground,  and walk in the direction of my feet, for after he would adjust my hands to grab above the ankles, i  repair a split second, he was going to take me through the air directly to the ankles. I still had time to say to myself, "girl you relaxxxxxx!" and he took my right hand, and told me something like "Vera very Good!", and I breathe I sent to myself again, "RELAXXX YOUR BODY AND BREATH GIRL!" as he wisely grabbed my  left hand and took her directly above my left ankle, and again i got from  him a "Vera, very Good!". I did not have the slightest pain, restriction of movement, or uncomfortable, I was breathing quietly. I was enjoying that moment, so good moment! But it did not last long. When I was with my Ego all happy to be there, proud of the first Catching of the season through the air! I see and feel the hand of Sharath to pull my right hand more above and thought, "BREATHE VERAAAAA!" and I breathed, he also told me something to be calm,  i do not even remember what it was, everything was intense, there is no pain, but the experience is intense, especially when we did not receive any adjustment in this position for a year and a half! Then  i also grabbed with left hand my left ankle, but  less than a second and let it go. He said, "OHHH VERA!".  In an apologetic manner i  told him in English, while controlling the breath to be able to talk, "was the first Catching of the season!". And he told me almost in my ear, "but it already passed 18 days! Why are  you so afraid ?!" and I heard, I continued to smile and entered the PASCIMATTANASA, breathed, thanked him and went away to finish practice in the changing room, as it is normal. Of course that his words came with me! The lesson I take from this?
It is the courage that this man gives to each student, the wise hands in his adjustments, going  surgically to the right place,  not giving us any pain. The inspiration and motivation that gives  us for enter  into the positions, to withdraw greatest benefit of each. WALK INSIDE PEOPLE FROM OUR HOUSE, not only in this position, but in all that you have. Without pain, not forcing, but by breathing, with courage in your heart and focus in the mind. Happy practicing!

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

SPACE


Espaço?
Por teoria o nosso espaço na sala seria o espaço do nosso tapete.
Mas muitas vezes o  cedemos,  para ajudarmos o colega ao nosso lado, que está a fazer uma postura e precisa do nosso lugar, ou está a fazer uma transição que ultrapassa os limites do seu tapete. 
Espaço? 
Espaço aqui, é algo muito relativo!
Ora podemos ter o tapete colado aos dos colegas dos lados, da frente ou atrás, como podemos ter uns benditos e surpresos dedos de separação, entre o nosso e os dos outros. 
Espaço? 
Aprendemos a ignorar as nossas concepções do que é espaço pessoal e desenvolvemos uma simpatia, empatia, compaixão pelas pessoas que estão à nossa volta, mesmo que sejam totais desconhecidos, e que a única coisa que as torna mais próximas seja simplesmente o facto de estarem a praticar a poucos centímetros de nós. 
Damos connosco a pedir desculpas sentidas à colega atrás de nós, porque enquanto saltávamos para CHATURANGA, enfiámos um dos nossos pés na sua cabeça, ou pedimos permissão com os olhos, ao colega ao lado, para invadirmos o seu tapete para um PARSVA DHANURASANA, ou acabamos por desculpar o que estava à nossa frente porque hoje, fomos nós que levámos com um pé, enquanto ele tentava pela 4ª vez fazer PINCHA, ou esperamos um pouco com as nossas respirações enquanto a menina ao nosso lado esquerdo, sem pedir permissão, sem olhinhos, ou sorrisos, decidiu entrar para KURMASANA utilizando metade do nosso tapete. 
Espaço? 
É muito relativo! 
Mas acima de tudo o que denotei destas semanas de aulas é que realmente ganhamos maior tolerância e respeito para com os outros. E o resto? Entregamos ao Universo, dando o nosso melhor no nosso tapete e quando precisamos, nos tapetes que estão ao nosso redor!
Boas práticas!

EN
Space?
By theory our space in the room would be the space of our mat.
But often we give it to help the fellow next to us who is making a pose and needs our place, or is making a transition that exceeds the limits of his mat.
Space?
Here space is something very relative!
Either we have the mat glued to the colleague mat on the side, front or back, or we can have a blessed and surprised fingers of separation between our and others.
Space?
We learn to ignore our conceptions of what is personal space and developed a sympathy, empathy, compassion for the people around us, even if they are  totally unknown, and the only thing that makes them closer is simply the fact that they are practice a few centimeters of us.
We find ourselves  really apologizing  the fellow behind us, because while we jumped to Chaturanga,  we throw one of feet to his head, or ask permission with our eyes to the colleague next to us, to invade his mat for  making Parsva Dhanurasana, or just excuse the one that was ahead of us, because today we were the ones who took with one foot as he tried for the 4th time Pincha, or we wait a bit with our breaths while the girl to our left side, without asking permission, without making eyes or smiles, decided to make Kurmasana using half of our mat.
Space?
It is very relative!
But above all what saw in these weeks of classes is that  we really gain greater tolerance and respect for others. And the rest? We deliver to the Universe, giving our best in our mat and when we need, on the mats that are around us!
Happy practicing!

domingo, 14 de fevereiro de 2016

PRACTICE IS A LONG ROAD THAT TURNS TO JOY.

"THE PRESENT MOMENT 

THE BUDDHA WAS ASKED, "WHAT DO YOU AND YOUR DISCIPLINES PRACTICE?" AND HE REPLIED, "WE SIT, WE WALK, AND WE EAT". THE QUESTIONER CONTINUED, "BUT SIR, EVERYONE SITS, WALKS AND EATS". THE BUDDHA TOLD HIM, "WHEN WE SIT,  WE KNOW WE ARE SITTING. WHEN WE WALK, WE KNOW WE ARE WALKING. WHEN WE EAT, WE KNOW WE ARE EATING."

MOST OF THE TIME, WE ARE LOST IN THE PAST OR CARRIED AWAY BY THE FUTURE. WHEN WE ARE MINDFUL, DEEPLY IN TOUCH WITH THE PRESENT MOMENT, OUR UNDERSTANDING OF WHAT IS GOING ON DEEPENS, AND WE BEGIN TO BE FILLED WIHT ACCEPTANCE, JOY, PEACE AND LOVE. " FROM "THE LONG ROAD TURNS TO JOY" BY THICH NHAT HANH

Estava sentada na salinha do Shala, eu e mais uns 30,  a aguardar pela nossa vez de entrar para praticar. Lá íamos aos poucos ouvindo um " ONE MORE!" do nosso Guru, e lá entrava mais um, às vezes,  mais dois ao mesmo tempo. Estamos em Fevereiro, época alta, onde parece que metade do Mundo decidiu vir praticar ao KPJAYI! Mas se a espera parece negativa, na realidade não é. Quando estamos ali sentados, temos a oportunidade de observar. Observar o nosso professor, como ele ajusta, como se movimenta na sala, o que diz a cada praticante. De repararmos no trabalho dos assistentes que o acompanham nas aulas. De retirarmos inspirações pelas práticas de quem já está em cima do  seu tapete. De sentirmos a energia forte dentro daquela sala e de olharmos lá ao fundo as imagens do Guruji, Shri K. Pattabhi Jois, e em sinal de respeito,  calmamente aguardarmos pela nossa vez.

Estamos tão habituados à nossa vida do Ocidente, onde tudo é para amanhã, onde esperar é visto como negativo, que quando chegamos aqui, vivemos uma perspectiva completamente oposta. E de vez em quando, além de todas estas inspirações via da observação, também podemos receber pequenos presentes que não estavam de todo pensados. Enquanto eu ia observando a sala à minha frente, ia trocando, em voz baixa, algumas palavras e gargalhadas com a Laura, até que a rapariga que estava à minha esquerda, que é uma praticante que eu conheço há alguns anos, disse-me "Toma, é um livro que eu encontrei na minha casa, depois devolves-me". Eu agradeci à Justyna, abri o livro e encontrei este texto que transcrevi lá em cima,  e que mostra exatamente porque praticamos. Quando praticamos, sabemos que estamos praticando. Quando respiramos, sabemos que estamos respirando. Quando nos movemos, sabemos que estamos a mover-nos. Boas práticas!

EN
I was sitting in the entrance room of  the Shala, me and a more 30 of us, waiting for our turn to go to practice. We would slowly listen to a "ONE MORE!"  from our Guru, and there it enter one of us, sometimes two more at the same time. We are in February, high season, where it seems that half the world decided to come to practice KPJAYI! But although the waiting seems negative, in reality it is not. When we sat there, we have the opportunity to observe. Observe our teacher, as he adjusts as he move in the room, what he tells to each practitioner.  We noted of the work of the assistants who accompany him in class. We withdraw inspirations from the practices of those already on top of their mat. We feel the strong energy in that room and look there in the background, the images of Guruji, Shri K. Pattabhi Jois, and from respect, we quietly wait for our turn.

We are so used to our life in the West, where everything is for tomorrow, where waiting is seen as negative, that when we arrived here, we live a completely opposite perspective. And from time to time, and from all these inspirations via observation, we can also receive small gifts that were not at all thought. While I was watching the room in front of me, from time to time i was exchanging, in low voice, a few words and laughs with Laura, when the girl on my left, which was a practitioner who I've known for years, tells me "Take. Is a book that I found at my home, then you give me back.  "I thanked Justyna, and open it, I came across  with this text that i transcribed up there and that shows exactly why we practice. When we practice, we know that we are practicing. When we breathe, we know that we are breathing. When we move, we know that we moving. Happy practicing!

sábado, 13 de fevereiro de 2016

OH DEAR UNIVERSE...




No final da semana quando o corpo começa a ficar mais moído da intensidade da prática, dou comigo sentada à porta de casa com o meu corpo, mente e alma bem juntinhos,  a pedirem  em conjunto e calmamente, ajuda ao Universo, aos Deuses e a mim mesma, por coragem para mais um dia de prática. 
A maioria de nós está a fazer o que costuma praticar em casa, ou no mínimo é parecido com o que faz em casa, mas o engraçado é que aqui tudo parece mais forte e mais intenso. Seja por estarmos naquele Shala cheio de energia sustentada e potencializada por todos estes praticantes, ou por estarmos à frente do nosso Guru, ou simplesmente porque estamos em plena India, terra da intensidade! 
No final da semana quando chegamos ao 4º dia de prática, damos por nós a pedir ajuda aos nossos Deuses  Hindus preferidos, ao Macrocosmos, ou naquilo em que acreditamos, nem que seja apenas e somente a nós mesmos para subimos ao tapete, a 4x da semana, e darmos o nosso melhor. O corpo talvez esteja mais cansado mas sentimo-nos mais fortes,  a mente permanece num foco incrivelmente alargado às subtilezas da prática, e o coração mantem-se humilde. Mysore é especial para a prática, mas continua a ser  ainda mais especial para conectar-nos connosco mesmo. E Sharath é especialista em dar a volta ao nosso Ego, para conduzirmo-nos ao âmago do Ashtanga, removendo pela sua presença e exigência, manias e padrões,  para que possamos encontrar por meio desta prática e  por nós mesmos, uma nova capacidade de auto-superação. 
Vocês aí de casa, podem sentir o mesmo ou parecido, basta irem ao Shala, esticarem os vossos tapetes e praticarem. Um dia, outro, e mais outro, concluindo os 5 ou 6 dias da semana. Na 4ª prática reparem como está o vosso corpo, qual é a vossa atitude e como está o estado das vossas emoções, aí vai começar o Yoga. Limpando. Unindo. Transformando. 
Boas práticas. 

EN
At the end of the week when the body starts to get more sore from the intensity of the practice, I find myself sitting at my home door with my body, mind and soul all very close each other,  asking together and quietly, the help from  the universe, the gods and myself, for courage for another day of practice. Most of us are doing what we usually practice at home, or at least is similar to what we do at home, but the funny thing is that everything here seems more stronger and intense. Either by being that Shala full of sustained energy and enhanced by all these practitioners, or because we are ahead of our Guru, or simply because we are in the middle of India, the Land of intensity!
At the end of a week when we arrived about the 4th day of practice,  we find ourselves asking for help to our preferred Hindu Gods, the Macrocosm, or whatever we believe in, or  just to ourselves, to go up to the mat, the 4 time that week, and give our best. The body might be more tired but we feel stronger, the mind remains in an  incredibly  focus that extended to the subtile aspects of the practice, and the heart keeps humble. Mysore is special for practice, but continues to be even more special for us, where we  connect with ourselves. And Sharath specialist in turning around our Ego, to conduct ourselves to the heart of Ashtanga, removing by his presence and requirement, patterns and standards so that we can find through this practice and through ourselves, a new  ability of self overcoming.
You guys from our home,  you may feel the same or similar, just go to Shala, stretch your mats and practice. One day, another, and another, completing the 5th or 6th days of the week. In 4th practice look how is your body, what is your attitude and how is the state of your emotions,  and there will begin Yoga. Cleaning up. Joining. Transforming.
Happy practicing! 




quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

ASHTANGA YOGA WORKSHOP WITH PETER SANSON, 15 TO 19TH JUNE, IN ASHTANGA CASCAIS, ESTORIL, PORTUGAL


INTENSIVO DE ASHTANGA YOGA COM PETER SANSON DE 15 A 19 DE JUNHO, NO ASHTANGA CASCAIS, ESTORIL, PORTUGAL.

Pelo 4º ano iremos ser a casa de prática para o Intensivo de Ashtanga Yoga com o reconhecido professor Peter Sanson. Que ensinará 5 manhãs de aulas de Mysore Style e 1 conferência no Sábado às 12h.  Existem três turnos para as aulas de Mysore Style com começo estipulado para as 6.45, 8.15 e 9.45 da manhã. No acto da inscrição cada praticante deve enviar um email demonstrando o seu interesse e o turno preferido. Aconselhamos que enviem o mais rápido as vossas inscrições para que possamos garantir os vossos lugares.

Se são praticantes de fora -
Estoril faz parte de Cascais, que faz parte de Lisboa.
Estamos junto à costa, as praias do Estoril são mesmo em frente ao Shala.
Junho é uma optima altura para estar em Portugal, o tempo é favorável a idas à praia, a passeios pelo paredão até ao centro de Cascais, visitarem o centro, comerem nos restaurantes locais, agarrarem numa bicicleta e irem até à maravilhosa praia do Guincho, organizarem com escolas locais aulas de Surf, Escalada, Paddle Surf, etc. Visitarem a reconhecida Sintra ou apanharem um comboio e em menos de 25m estarem no centro de Lisboa.

Estoril em Junho é muito especial e ainda mais, quando temos um Intensivo com um professor como o Peter Sanson, que é uma referência no ensino do Ashtanga. O Workshop foi pensado para que Peter possa trabalhar individualmente com cada praticante, potencializando e ajudando a aprofundar a vossa prática.
O Intensivo é aberto a iniciantes ao Ashtanga, assim como a praticantes mais experientes, onde asseguramos que todos beneficiarão de uma grande inspiração para a vossa prática, mas também para as vossas vidas.

Mais informações e inscrições em ashtangacascais@gmail.com

EN
ASHTANGA YOGA  WORKSHOP WITH PETER SANSON, FROM 15 TO 19th JUNE, IN THE ASHTANGA CASCAIS, ESTORIL, PORTUGAL.

For the 4th year we will be the home practice to the Ashtanga Yoga Intensive with the renowned teacher Peter Sanson. That will teach five days of morning Mysore Style classes and one conference on Saturday at 12pm. There are three rounds to the Mysore Style classes with beginning set for 6:45, 8:15 and 9:45am. For your registration you should send an e-mail showing your interest and preferred turn. We advise you to send faster your registration so that we can assure your place.

If  you are outside practitioners -
Estoril is part  of Cascais, which is part of Lisbon.
We are at the coast, Estoril beaches are just across the Shala.
June is an optimum time to be in Portugal, the weather is favorable for trips to the beach, walking on the boardwalk to the center of Cascais, visit the center, eat in local restaurants, grab a bike and go to the beautiful beach of Guincho, organize with local schools, surf lessons, climbing, Paddle Surfing, etc. Visit the renowned Sintra or catch a train and in less than 25m you will be in the center of Lisbon.

Estoril in  June is very special and even more, when we have an Intensive with a teacher like Peter Sanson, which is a reference in the Ashtanga teaching. The workshop was designed so that Peter can work individually with each practitioner, empowering and helping to deepen your practice.
The Intensive is open to beginners to the Ashtanga, as well as more experienced practitioners where we ensure that all will benefit from a immense  inspiration for your practice, but also for your lives.

More information and registration in ashtangacascais@gmail.com

terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

LAURA

Até que um dia temos a benção de ver  os nossos alunos a praticarem com o nosso Guru, Sharath Jois, aqui em Mysore! E é uma grande alegria quando praticamos perto uns dos outros segundo as suas orientações, e ainda mais quando o fazemos lado a lado, como foi nesta última Guiada da Primeira Série, onde ali estava eu e a nossa Laura, uma ao lado da outra, a respirarmos para entrarmos, permanecermos e sairmos sempre que ele fazia a contagem da respiração associada ao movimento. A Guiada dele tem um ritmo muito próprio, às vezes alonga a contagem naquelas posturas tidas "desafios", outras é mais rápido para termos noção de qual é a respiração certa para entrar na postura, e que devemos entrar directo à posição, sem fazer extra respirações e extra movimentos. É sempre um desafio, mas também é uma aula de onde retiramos muitas dicas e correcções para o nosso Mysore Style. No final, com as roupas molhadas de suor, deitámo-nos para relaxar e antes de cada uma de nós entrar no seu descanso, demos a mão uns instantes, estávamos de olhos fechados, mas tenho a certeza que ela também estava a sorrir!

O nosso Shala ao longo destes 9 anos de existência, tem sido a casa onde muitos de vocês encontraram uma prática regular, consistente e verdadeira de Ashtanga Yoga. O maior elogio que já recebi foi mesmo da Laura, quando me disse, que quando veio pela primeira vez a Mysore não reparou numa única diferença do que aprendeu ali, no KPAJYI, e no que ensino no Ashtanga Cascais. Praticar ao lado dela é uma benção, vê-la aqui na sua segunda viagem a Mysore, é um orgulho. E se daqui a um tempo estudarem com ela em Portugal, na Suíça, ou na Lituânia, ou noutra parte do Mundo para onde o seu destino a levar, tenho a certeza que ela mostrará sempre a tradição de Mysore e do que tem aprendido ao longo destes anos de prática. Boas inspirações e boas práticas gente aí de casa!

EN
Until one day we have the blessing of seeing our students to practice with our Guru, Sharath Jois here in Mysore! And it's a great joy when we practice close to each other according to his guidelines, and even more when we do side by side, as in the late Guided First Series Class, where there was me and our Laura, one beside the other, to breathe to enter, remain and leave each pose whenever he made the breathing count associated with the movement. His Guided class has a very own pace, sometimes he extends the counting in those  "challenges" positions, other he is faster for us to have notion of what is the right breathing to get into position, and that we should go direct to the position without extra breaths and extra movements.  Is always a  challenge class, but is also always where we took lots of tips and corrections for our Mysore Style. At the end, with sweat-drenched clothes, we lay down to relax and before each one of us enter into the rest, for moments we we gave, we were with eyes closed, but I'm sure she also was smiling!

Our Shala during these nine years of existence, has been the house where  many of you found a regular, consistent and true Ashtanga Yoga practice. The greatest compliment I ever received was from Laura, when she told me that when she first came to Mysore, she did not notice a single difference of what she learned there in KPAJYI, and in my teaching in the Ashtanga Cascais.
Practicing beside her is a blessing, and seeing her here on her second trip to Mysore, it is a honor. And if in some time you study with her in Portugal, Switzerland, or Lithuania, or in another part of the world where her destination takes her, I'm sure she will always show the tradition of Mysore and what she had learned over these years of practice.
People from our home, happy inspirations and happy practicing!




domingo, 7 de fevereiro de 2016

ASHTANGA YOGA LIFESTYLE RETREAT from 15 to 17th April, in Herdade da Matinha, Alentejo, South Portugal



Preparem-se para estarem num lugar incrivelmente belo.
Onde cada pormenor vai convidar a um sorriso.
A  Herdade Matinha foi o espaço escolhido para receber o nosso segundo Retiro de Ashtanga Yoga, que acontecerá de 15 a 17 de Abril. Este Retiro foi intitulado de ASHTANGA YOGA LIFESTYLE, porque pretende ser  pura inspiração para a vossa vida.

Através de um programa de aulas, actividades e alimentação que contém tudo o que mais gostamos e tudo em que mais acreditamos - aulas de Ashtanga Yoga pela manhã, Sequências de Alongamento e Recuperação e Relaxamentos Guiados pela tarde, Palestras de Ashtanga repleta de conhecimentos práticos, com tempo para todas as vossas perguntas e dúvidas. Caminhadas pelos vales que rodeiam a Herdade, idas à praia, mergulhar, surfar, estar. Viver a Matinha e tudo o que ela tem para oferecer. E beneficiarem de um menu de refeições organizadas e confeccionadas para demonstrar que saudável, pode e deve ser saboroso! Três dias de pausa nas vossas rotinas para viajarem até ao Sul,  e viverem uma experiência única que ajudará a sentirem os vossos corpos, e o maravilhoso poder do que é estar com uma mente mais calma, como instrumentos para potencializarem a vossa saúde e bem-estar.

O Retiro é aberto a todos.
Iniciantes ao Yoga, e mais experientes.

EN
Prepare to be in an incredibly beautiful place.
Where every detail will invite a smile.
The  Herdade Matinha is the space chosen to receive our second retreat of Ashtanga Yoga, which will take place from 15 to 17th April. This retreat is entitled of ASHTANGA YOGA LIFESTYLE because it want to be pure inspiration for your life.

Through classes, activities and food program that contains everything we love and everything that we most believe - morning lessons of Ashtanga Yoga, Afternoon Recovery and Stretching Sequence poses, plus Guided Relaxation, Ashtanga Lectures full of practical knowledge, with time for all your questions and doubts. Walks through the valleys that surround Herdade, beach trips, diving, surfing, and being at the beach. Living Matinha and all it has to offer. And benefit from a organized and prepared menu meals that will demonstrate that healthy, can and should be tasty! Three days for stopping your routine, and travel to the South, and live a unique experience that will help you feel your bodies, and the wonderful power  being with a calmer mind, as tool for potentiating your health and well- being.

The retreat is open to all.
Beginners to yoga, and more experienced.


















sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

THE IMPORTANT HEAT

Nos últimos tempos pratiquei em plena altura de inverno, com o meu velho melhor amigo, o aquecedor, que colei estrategicamente no limite do meu tapete, porque embora o nosso, português, seja menos intenso quando comparado com outros países europeus, continua a ser um inverno, época mais fria do ano.  O calor interno é o veículo principal para a função de desintoxicação do organismo,  que normalmente surge pela conjunção da técnica de respiração com os movimentos e posturas. Ora aqui em Mysore, não é preciso nenhum aquecedor, a temperatura é de época de verão da India! E ainda  existem todas estas pessoas  que praticam ao mesmo tempo, na mesma sala.

O calor interno traz consigo maior oxigenação não só aos nossos benditos cérebros, mas também aos nossos músculos, permitindo irmos entrando em cada uma das posições, para permanecermos nelas sem dor ou incomodo. O Guruji, Shri K. Pattabhi Jois, falava que a técnica da respiração associada com os movimentos e posturas (Vinyasa), os Bandhas - técnica mais subtil de contrações especificas musculares e energéticas, e os Dristhis - os focos oculares, criavam tal calor interno que o sangue fervia nas nossas veias, circulando melhor pelo nosso corpo, removendo impurezas e doenças, originando um processo profundo de limpeza física, onde o suor, a reacção natural a este calor interno, era traduzido em transpiração.
E Sharath, nesta passada Quinta-feira,  estava a corrigir a praticante ao meu lado, dizendo que ela estava a praticar muito lento, que devia respirar mais rápido. Eu lá continuei a minha prática, mas palavras de professor ficam connosco, mesmo quando não são dirigidas para nós. E no final da aula, dei comigo a reflectir sobre as suas indicações, e sem dúvida que se podem aplicar a vocês, aí de casa, que não estão a conseguir aquecer ao ponto de transpirar.

Vejam se na vossa próxima aula, de Domingo, respiram um pouco mais rápido, accionem os bandhas, foquem os vossos olhos e reparem no que acontece com a fluidez da vossa prática e no que acontece com a vossa temperatura interna. Observem-se, sem se julgarem, ou criarem imposições ao grau de transpiração, mas tentem accionar um pouco mais a respiração. A respiração deve ter ritmo, sem ser demasiado lento como tão sabiamente advertiu Sharath, mas também não deve ser rápido demais, que seja um ritmo dinâmico, formado pela técnica da respiração - nasal, sem paragens entre inspiração e expiração, onde a quantidade de ar que entra seja a mesma que sai, com som e  que active o vosso calor interno.

No final da prática, há sempre uma água de coco para restituir os líquidos gastos. Aqui há a benção de ser natural, mas aí há muitas opções e marcas orgânicas. E mesmo em pleno inverno, a agua de coco a seguir à prática, é uma optima fonte de hidratação.
Boas práticas!

EN
Lately I have practiced in full winter time,  with my old best friend, the heater, which i glue strategically on the edge of my mat, because although ours, Portuguese, is less intense when compared with other European countries, is still a winter, the coldest time of year.
The internal heat is the main vehicle for the detoxification function of the body, which usually comes by the conjunction of breathing technique with movements and postures. Here in Mysore, we do not need to use a heater, the temperature is India's summer time! And there are all these people who practice together at the same time, in the same room.

The internal heat brings  increased oxygenation not only to our blessed brains, but also to our muscles, allowing us to entering in each position, to remain without pain or discomfort. Guruji, Shri K. Pattabhi Jois, used to say that the breathing technique associated with movements and postures (Vinyasa), the Bandhas - a more subtle technique of muscle and energy specific contractions, and the Dristhis - the eye focuses, created such internal heat, that the blood boiled in our veins, circulating better through the body, removing impurities and diseases, giving a deep physical cleaning process, where sweat, the natural reaction to this internal heat, is  translated in perspiration.
And Sharath, this past Thursday was correcting one practitioner beside me, saying she was practicing very slow, she should breathe faster. I kept continuing my practice, but teacher's words stay with us, even when they are not directed at us. And at the end of class, I found myself reflecting on his directions, and no doubt that may apply to you, people from our house of practice,  that are having a hard time  to warm up to the point of sweating.

See if in your next class, Sunday,  you breathe a little faster, activate the bandhas, focus your eyes and notice what happens to the flow of your practice and what happens to your internal temperature. Observe yourself, without judging, neither create levels to the degree of perspiration, but try breath a little faster.  Breathing should have pace, without being too slow as so wisely warned Sharath, but also should not be too fast, it should be a dynamic pace, formed by the breathing technique - nasal, non-stop between inhalation and exhalation, where the amount of air entering is the same that goes out, with sound to activate your internal heat.

At the end of practice, there is always a coconut water to restore the spent water. Here there is the blessing of being natural, but there you have many organic options and brands. And even in winter, the coconut water following the practice is an optimum source of hydration. Happy practicing!



quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

FROM INDIA, WITH LOVE.

























Voltar a Mysore é sempre um desafio!
Imensas horas de viagem, todo um dia dentro de aviões, e depois mais umas quantas horas dentro de um carro, que normalmente se move em modo de "speed" porque é conduzido com música de Karnataka em alto e bom som, sendo apenas interrompida pelas milhentas e incontáveis buzinadelas dadas pelo nosso condutor. Que poderia perfeitamente estar dentro de um jogo de computador, porque de cada vez que aparece um carro, a regra deve ser apitar,  e ele apita, apita e apita, a mostrar que estamos na estrada, desvia-se do carro e continua em velocidade, porque deve ser a regra, para ir repetindo as buzinadelas e razias a cada carro, mota, camião, e que camiões!
Mas estamos tão cansados, que venham as buzinadelas, as "razias" por milímetros a camiões que parecem verdadeiros gigantes de estrada, que comparados com o carrinho onde estamos, dá vontade de rir, para não chorar!

Quando finalmente entramos nas ruas de Gokulam, apesar da nítida exaustão dos nossos rostos, sorrimos, porque sentimos que chegámos a casa. Deixar malas, reparar no estado da casa que escolhemos, fazer lista de compras de itens que precisamos, sair para a rua para primeiro de tudo, bebermos o nosso primeiro coconut em frente ao Shala. Ainda está a  haver aula e nota-se que estamos em época alta, há pessoas à espera nas escadas cá fora para entrarem e começarem a praticar... Reencontramos alguns dos nossos amigos de outras temporadas, que já terminaram a prática, e estão a recuperar líquidos com a especial e maravilhosa água de coconut. Colocamos a conversa em dia até me dizerem para ir descansar, o que me faz lembrar outra vez que não durmo há um dia! Caminho pelas ruas até ao famoso templo de Ganesha, tiro a foto que agora parece ser da praxe, dia sim, dia não, há uma igual nas redes sociais, parece que vimos todos pedir ajuda, benção aos Deuses, mesmo que sejamos católicos, judeus, e até descrentes de qualquer religião!
Mysore leva-nos a conectarmos com a religião e acabamos inspirados por todas estas imagens, cultos, rituais, e lá pedimos ajuda para a primeira aula de amanhã, mas também para todas as restantes.

Outro grande momento é quando entramos no Shala,  para fazer a inscrição, olhar para o nosso professor directamente pela primeira vez, depois da nossa última viagem. Sorrir por ver as diferenças naquela casa de prática. Já não há tapetes a forrar o chão, já não vão haver aquelas aulas onde calhou-nos o lugar onde os tapetes se cruzavam uns com os outros, verdadeiras armadilhas ao alinhamento na postura, verdadeiros desafios aos nossos limites mentais, que mostram de perto que não há condições perfeitas, há o que há! E praticamos, damos o nosso melhor e tudo correrá bem, seja naquele lugar, em cima do palco, ou no lugar em frente à porta de entrada. E só quando saí do Shala, para ir finalmente descansar, pensei nisto, não criar expectativas! Ir para a prática, colocar o tapete, dar o meu melhor, aproveitar estar nesta casa de prática, neste país, e abrir o coração mais um pouquinho. WITH LOVE FROM INDIA...
Gente lá de casa, vocês por aí façam o mesmo, estiquem o tapete, para dar o vosso melhor,  aproveitar a prática, a nossa casa, da qual já tenho saudades, o nosso país tão especial, para abrir um pouquinho mais o vosso coração. Boas práticas!

EN
Coming back to Mysore is always a challenge!
Huge hours of travel, a full day on airplanes and then a few more hours in a car that normally moves in mode of "speed" because it is conducted with Karnataka music in loud and clear sound, which is only interrupted by thousands and countless honks given by our driver. Who could perfectly  be in a computer game, because everytime a car appears,  the rule must be beeping, and he beeps, beeps and beeps, to show that we are on the road, he deviates from the car and continues on speed, because it should be the rule, and keep repeating the honks and deviating just with few millimeters from the each car, bike, truck, and what a truck! But we are so tired, that bring on the honks, the raids and the deviation by millimeters from trucks that seem real giants of the road, which compared with the car  where we are, makes you want to laugh, for not crying!

When we finally entered the streets of Gokulam, despite the sharp depletion of our faces, we smile, because we feel that we got home. We leave bags, notice the condition of the house we chose, we make a shopping list of needed items, to go out into the street to first of all, to drink our first coconut in front of Shala. It is still happening classes, and we note that we are in high season, there are many people waiting on the stairs out of the Shala, waiting to enter and start practicing ...We re-found some of our friends from other seasons, that have ended the practice, and are recovering liquids with the special and wonderful coconut water. We put our conversation in day until they tell me, that I should go and rest, which reminds me again that I have to go sleep! We walk on the streets in direction to the famous Ganesha temple, shot the photo that now seems to be the usual, day in, day out, there is an equal in the social networks, it seems that we are all looking for help, blessing of the gods, even if we are Catholics, Jews and even unbelievers in any religion! Mysore brings us to connect with the religion, we just get inspired by all these images, cults, rituals, and there we ask for help for the first class of tomorrow, but also to all others.

Another great moment is when we enter the Shala to sign up, look at our teacher directly for the first time after our last trip. Smiling to see the differences in this house of practice. There is no carpet to cover the floor, will not going to happen those classes, which happened to us when the carpets were there, and we stayed on the spot where they crossed with each other, true traps for the alignment in posture, real challenges to our mental limits that show closely, there is no perfect condition, there is what there is! And we practice, do our best and all will be well, even if we stayed in that place, on stage, or in the place in front of the entrance door. And only when I left the Shala, to go finally rest, I thought about it, not create expectations! Go to practice, put the mat, do my best, enjoy being in this house of practice, in this country,  and open my heart a little bit more.
WITH LOVE FROM INDIA ...
People from our home practice, do the same, stretch the mat, give your best and take advantage of the practice, of our home, which already I miss, our special country, to open a little more your heart.
Happy practicing!

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

THANK YOU!
















































Obrigada a todos os que participaram!

Foi um privilégio muito especial puder ensinar este grupo de pessoas. Alguns de vocês eu já conhecia, outros já tinha ouvido falar, e outros vieram pela primeira vez aos nossos eventos. 

Espero que as aulas de Ashtanga, as palestras, as classes de alongamentos e relaxamentos guiados, aquela meditação na Ermida da Luz, mas também cada refeição que a Joana confeccionou e as suas palavras, sejam inspirações para continuar a esticarem os vossos tapetes, e criarem espaço nos vossos corpos, e calma nas vossas mentes. E que as ideias e dicas da Joana sirvam para melhorarem e aprofundarem as vossas experiências na confecção de refeições saudáveis e saborosas! Permitindo que a prática de Ashtanga e Alimentação Saudável sejam os instrumentos que vocês precisavam para encontrar mais energia, saúde e bem-estar.
Obrigada.
Boas práticas!