terça-feira, 17 de maio de 2016

#PERFECT COMBO



Dublin,  Ashtanga Yoga e Peter Sanson - A perfeita combinação! 
Foram 4 dias de prática, mais uma conferência com Peter Sanson e 4 dias de muita caminhada a descobrir o máximo que pude desta cidade, que simplesmente deixa marcas no nosso rosto por tantos sorrisos feitos, face à tamanha observada beleza. É uma cidade com uma dinâmica fácil e simples, talvez porque os locais são tão simpáticos, demonstrando prontidão sempre que necessitamos de alguma ajuda. Conseguimos percorrer o Centro da cidade num ou dois dias, e visitar as referências que surgem em qualquer guia turístico, os meus preferidos foram - a reconhecida Trinity College, o bonito Dublin Castle, a histórica Christ Church Cathedral, percorrer Temple Bar, virar numa das ruas e encontrar restaurantes com comida vegetariana, super saborosa e bem confeccionada como o reconhecido Cornucópia, ou o Blazing Salads. Ir andando pela movimentada Grafton Street, para entrarmos no St. Stephen´s Green e deslumbrar-nos com a quantidade de pessoas que como nós, vieram ao jardim para descansar a meio do dia e deixar que o sol, que surpreendentemente brilha em pleno céu limpo, ilumine a pele descoberta de "layers". Para aqueles que ainda têm energia, podem visitar o National Gallery ou o National Museum, assim como o conhecido Natural History Museum e passar pela zona da  Merrior Square, para dali ir terminar a volta, caminhando junto ao Canal. 
Com a exigência da prática no dia seguinte, há que tomar decisões na hora de explorar a cidade, organizando onde ir.  Fora do Centro há todo um universo de Natureza a descobrir, como ir até Howth e fazer as caminhadas, há 4 e dá para escolher o nível de dificuldade e a duração, contem com paisagens e momentos de reflexão especiais. No regresso aconselho almoço no THE HOUSE, a sopa de cogumelos e a tosta de salmão em pão escuro foram divinais, para os vegetarianos há opção de saladas e outros pratos, tudo me pareceu fresco e saboroso.  Outro ponto que ressalta pela beleza e energia é KILLINEY, onde tive o privilégio de ficar a viver, e todos os dias quando voltava das aulas ou dos meus passeios, e o comboio passava a estação de DALKEY para KILLINEY,  levantava-me  para perder-me com a imensidão de mar sobre uma baia com o fundo de vales e montanhas de WICKLON.  Se a Niamh não tivesse falado que aquele lugar onde me levou no Sábado de tarde era o seu Segredo,  eu teria todo o gosto de explicar exactamente como irem lá dar, mas apenas escrevo que apanhámos um barco e em 5m estava num paraíso, uma ilha, com focas, coelhos e pássaros de espécies que nunca tinha visto. O verde da ilha era incrível, senti-me a dar passos por entre os seus antepassados desde o tempo dos vikings! Mas no meio de tudo isto, houve sempre dia de prática, e ainda por cima, dia de prática com PETER SANSON, em BLACKROCK na escola do David e da Paula. Quando estendi o tapete, reconheci rostos que já vi aqui em casa, amigos de Mysore e também praticantes irlandeses que vieram praticar com o Peter aqui no Ashtanga Cascais, recebi sorrisos de boas-vindas e iniciei o meu primeiro dia de prática na presença do Peter, que durante a aula faz-nos lembrar  da intenção interna, do poder da respiração, da importância de não forçarmos o corpo, da quantidade de parvóices que achamos que precisamos de fazer quando na realidade não necessitamos de mais nada, do que estender o tapete e começar com o Surya Namaskar. Relembra constantemente do papel dos Dristhis como instrumento energético, de conduzir energia para onde olhamos. No segundo dia, a sala continuava intensa de calor, as paredes escorriam agua, fruto dos praticantes dos turnos anteriores, reparei que estava mais cansada, o dia anterior foi de caminhada pelo centro da cidade e as pernas ressentiam os kms feitos. O terceiro dia de prática foi feito de manhã depois de um jantar  tardio com os meus amigos irlandeses, e da tal caminhada e visita a Howth, o corpo estava visivelmente cansado mas usando as dicas do Peter, passado poucos movimentos e posturas, parecia que tinha tomado um comprimido de  pura energia. O quarto dia foi praticado com as palavras de Peter no coração, porque no dia anterior tivemos conferência, e na sua forma descontraída, calma e com humor, foi alertando para alguns cuidados. Deu um exemplo de um praticante que conheceu num dos seus Workshops. Disse que estava a guiar esta pessoa pelos vinyasas do Surya Namaskar A, e quando foi o momento de dizer, "Expira mãos no chão," o senhor fez o movimento e soltou um berro, o Peter perguntou-lhe o que tinha acontecido, e ele respondeu, ( e desculpem porque ouvir o Peter ao vivo a contar isto tem muito mais piada mas) o senhor disse, "HÁ ALI ALGUMA COISA ATRÁS!", ao qual Peter respondeu, "Pois, pois há, é o teu músculo da parte de trás da tua coxa!" Nós rimos, eu ri-me imenso, até que Peter diz, " Que bom que vocês acham piada, porque isto tem piada, mas é imensamente triste! O nível de desconexão que nós temos com o nosso corpo! Andamos todos (e ele olhou para todos na sala) desintegrados connosco mesmos!" Falou de como todos temos padrões de desconexão, uma anca está mais para cima que outra, um braço estica e o outro dobra um pouco, uns têm na cervical, ou na lombar, outros sofrem de dores nos joelhos, ou têm a parte de trás das pernas rijas como cimento, e que praticar implicará um trabalho cuidadoso, que nasce pela respiração para pudermos limpar o nosso corpo, para pudermos levar energia às zonas bloqueadas dos nossos corpos para que comece a existir uma mudança de padrões. Ele deu o seu exemplo que quando começou a praticar Ashtanga, e que quando o Guruji pedia para ele se sentar com pernas cruzadas no chão, que os joelhos dele vinham quase até aos seus ombros, tamanha era a falta de flexibilidade nas ancas, pernas, etc. Praticou com o Guruji durante anos, seguiu as suas indicações e conselhos, e  que aos poucos o seu corpo mudou, assim como a mente. Falou-nos de não interessar quem tem a melhor roupa de prática, ou a mais gira, quem faz a postura mais avançada, nem tão pouco qual o aspecto exterior das posições que fazemos, que não importa se estamos bonitos ou não dentro das posturas, mas sim de salientarmos a respiração, o foco e a intenção certa para um trabalho energético de limpeza, desintoxicação física, mental e emocional. 
Foi a combinação perfeita, Dublin, Ashtanga Yoga e Peter Sanson! 
Boas práticas! 

EN
Dublin, Ashtanga Yoga and Peter Sanson - the perfect combination!
There were four days of practice, and one conference with Peter Sanson and 4 days for a lot of walking to find out as much as I could of this city, that simply leaves marks on our face for so many smiles made of such beauty observed. It is a town with an easy and simple dynamic, perhaps because the locals are so friendly, demonstrating readiness whenever we need some help. You can see the  city center in a day or two, visiting the references that appear in any tourist guide, my favorites were - the renowned Trinity College, the beautiful Dublin Castle, the historic Christ Church Cathedral, walk through Temple Bar, turning on the streets and finding restaurants with vegetaria and super tasty  food and well made as the Cornucopia or Blazing Salads, go walking along the busy Grafton Street, to enter the St. Stephen's Green and dazzle us with the amount of people as ourselves that came to the garden to rest in the middle of the day and let the sun, which shines surprisingly in fully clear sky, light the discovery skin of the  "layers". For those who still have energy can visit the National Gallery and the National Museum, as well as the famous Natural History Museum, pass through the area of  Merrior Square, and from there go finish the walk along the Canal.
With the requirement to practice the next day, it is necessary to make decisions to explore the city by arranging where to go. Outside the center there is a whole universe of Nature to discover, like going to Howth, do the walks, there are 4 and you can choose the level of difficulty and duration, it will contain special view sigh  and moments of reflection. In return i  advise you to lunch at THE HOUSE, the mushroom soup and the salmon sandwich on brown bread are amazing, for total vegetarians there are choice of salads and other dishes, all it seemed fresh and tasty. Another point that is emphasized by beauty and energy is Killiney, where I had the privilege of getting to live, and every day, when i returned from classes or my walks, and the train passed the Dalkey station to Killiney, i always stood to lose myself with sea immensity and the bay with  of valleys and mountains of WICKLON. If Niamh had not spoken that the place where she took me on Saturday afternoon was her secret, I would be happy to explain exactly how to go there, but I can only write that we caught a boat and 5m i was in paradise, one island with seals, rabbits and bird species that had never seen. This green Island was amazing, it look like i was taking steps through her ancestors since the time of the Vikings! But in the midst of all this, there was always day of practice, and on top, day of practice with PETER SANSON in BLACKROCK in the school of David and Paula. When I reached the mat, I recognized faces that have seen here at our home, friends of Mysore and also Irish practitioners who came to practice with Peter here in Ashtanga Cascais, they received  me with welcome smiles and i started my first day of practice in the presence of Peter, who during the lesson reminds us of the inner intention, the power of breathing, the importance of not force the body, the amount of stupid things we think we need to do, when we do not really need anything more than to extend the matt and start with the Surya Namaskar. Constantly reminds the role of dristhis as energy instrument to conduct energy where we look. On the second day, the room was again intense,  heat, the walls dripped water, from the result of the practitioners of the previous shifts, I noticed that I was more tired, the day before i  walked through the Center city and my legs resented the  done kms. The third day of practice was done in the morning after a late night  dinner with my Irish friends, and also i made the walk and visit to Howth, the body was visibly tired but using the tips of Peter, and after a few moves and postures, it looked like it had taken a tablet of pure energy. The fourth day was practiced with Peter's words in my  heart, because the day before we had conference, and in his relaxed, calm and  humor, he has been warning for some care. He gave an example of a practitioner who he met in one of his workshops. He said he was guiding this person by the vinyasas of Surya Namaskar A, and when it was time to say, "Expires and hands on the ground," the man made the move and let out a yell, Peter asked him what had happened, and he replied, and sorry, listenning to Peter telling this has a lot more fun, but he said, "THERE IS SOMETHING BACK THERE!" to which Peter replied, "Yeah, there is, is your hamstring! " We laughed, I laughed a lot, until Peter says, "So good, you think this is a joke,  because it's funny, but it is immensely sad! The level of disconnection we have with our bodies! We walked, all of us (and he looked for everyone in the room) disintegrated with ourselves! " He discussed how we all have patterns, one hip is higher up than the other, an arm stretching and the other slightly bending, pain at the cervical, or lumbar spine, others suffer from pain in the knees or have the back the legs so stiff like cement, and that the practice will involve careful work that is born by the breath to clean our body, so we can bring energy to the blocked areas of our bodies to begin to be a change in patterns. He gave his example, that when he began practicing Ashtanga, and that when Guruji asked him to sit cross-legged on the floor, that his knees came almost up to his shoulders, such was the lack of flexibility in the hips, legs, etc. . He practiced with Guruji for years, followed his directions and advice, and gradually his body has changed, as well as the mind. He told us that doesn´t matter who has the best practice clothes, or the prettiest, who makes the most advanced position, neither  the external appearance of the positions that we do, it does not matter whether we are beautiful or not within the postures, but we focus in the breath, concentration and the right intention for an energetic work of cleaning, physical, mental and emotional detoxification. It was the perfect combination, Dublin, Ashtanga Yoga and Peter Sanson!
Happy practicing!

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