Quando comecei a praticar Ashtanga Yoga não haviam muitos workshops, intensivos & retiros. Os que existiam eram esporádicos e sinónimos de serem casas cheias de praticantes emergentes e ansiosos por conhecerem um professor mais experiente que vinha a Portugal partilhar connosco os seus conhecimentos e perspectivas. Eram dias intensos de prática que causavam verdadeiras transformações na forma como sentíamos o Ashtanga e que naturalmente influenciavam a maneira como pensávamos e vivíamos os nossos quotidianos.
Os anos passaram e apareceram novos professores nacionais, novas casas de prática, mais praticantes e todo um processo de maturação do Ashtanga Yoga em Portugal, surgiram também mais workshops, intensivos e retiros. Como somos um país pequenino, como estamos muito centralizados na Grande Lisboa e como agora a oferta é muita, vemo-nos obrigados a escolher. Lemos meticulosamente os programas dos cursos, o histórico dos professores convidados e acabamos de olhos em bico a fazer contas à vida aquando reparamos nos preços destes eventos. Por mais que o Yoga seja barato em Portugal, quando comparado com outros países europeus, a verdade é que o dinheiro não chega para frequentar todos os cursos que surgem nas publicidades do Facebook, nas paredes dos nossos restaurantes e lojas preferidas, e somos obrigados a optar.
A pesquisa mais fácil é feita pela bendita internet, visitando os websites dos professores, lendo textos com testemunhos dos seus alunos, observando imagens e filmes das suas demonstrações ou das suas práticas pessoais. Mas será que são estas informações que nos fazem decidir por um curso e não por outro? Será que optamos porque vimos ou soubemos que um professor tem uma prática de sonho, ou porque tem um enorme reconhecimento internacional, ou porque até temos um amigo que contou que estudou com ele e que foram momentos particularmente reveladores, ou porque simplesmente passeámos por um blog e reparámos no seu nome... as razões são várias, os critérios de escolha mudam de acordo com o que definimos como importante no nosso Yoga, mas se temos oportunidade de estudar com alguém nacional ou internacional que pretende ensinar-nos um pouco mais sobre esta prática, então porque não irmos? Um workshop, um intensivo ou um retiro têm como bases a transmissão de conhecimentos, de novas abordagens, de novas técnicas, de mais detalhes, de mais dicas...
e se escolhermos bem, se o professor foi realmente especial, sentiremos uma espécie de despertar, de acordar intensamente para uma nova realidade, com um novo entendimento.
Assim de repente lembro-me do workshop com Rolf Naujokat, com o nosso Peter Sanson, David Robson e com o Tim Feldmann, tenho a certeza que aqueles que estudaram com estes professores sabem do que falo, porque estamos todos a sorrir com as recordações daqueles momentos, e se hoje praticamos assim, se hoje nos dedicamos mais, muito advém do trabalho directo do nosso professor local, mas também da visita de pessoas como estas.
Boas práticas.
*foto retirada de pesquisa online e de arquivo pessoal.
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When I started practicing Ashtanga Yoga, there were not many workshops, intensives or retreats around. Those that existed were sporadic and were normally in places full of emerging practitioners, anxious to get to know a more experienced teacher who would come to Portugal to share their knowledge and perspectives with us. They were intensive days of practice which caused true transformations in the way we felt about Ashtanga, and that naturally influenced the way that we thought about and lived our daily lives.
In the years that followed new national teachers, new houses of practice and more practitioners appeared and above all there was a development of maturity of Ashtanga Yoga in Portugal and more workshops, intensives and retreats also appeared. As we are a small country and mostly centralized in the greater Lisbon area, today there is a larger offering and we thankfully have the chance to choose.
We meticulously read programs of the courses, the history of the teachers invited and end up shocked, when doing our finances we notice the price of these events. Although yoga is cheaper in Portugal in comparison to other European countries, the truth is we can not afford to take part in all of the courses that come up on Facebook or on the walls of our favourite restaurants and shops, and we have the chance to choose.
The search is much easier now with the blessed Internet, visiting the teacher’s websites, reading the testaments of their students, and looking at images and films of their demonstrations or their personal practice.
But is it this information that makes us decide on one course or another? Do we choose a certain course because we find out that that specific teacher has a dream practice, or they have a great international acclaim, or because we have a friend that studied with them and they had particularly enlightening moments, or we simply read a certain blog and remember the name? There are may reasons, the criteria behind the choice change according to what we define as important in our Yoga practice, but if we have the opportunity to study with someone national or international who can teach us a bit more on this practice why not go? A workshop, an intensive or a retreat is fundamentally a transmission of knowledge, a new approach, new techniques, more details, more tips…and if we choose well, if the teacher is truly special, we feel a sort of awakening, waking up to a new reality, with a new understanding.
Therefore I remember the workshop with Rolf Naujokat, with Peter Sanson, David Robson and with Tim Feldmann, I am sure that those who studied with these teachers know what I am talking about, because we all smile when we remember those moments, and if we practice like that today, if today we dedicate ourselves a bit more, a lot can be gained from our local teacher, but also we very much benefit from the visits of such mentioned people.
Happy practicing.
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