Como é praticar com Sharath Jois?
A minha resposta é fruto de uma reflexão que nasce por estar novamente nesta terra, a ter a oportunidade de estudar neste shala e com este professor. De cada vez que entro naquela sala, que estendo o meu tapete, rodeada de dezenas de outros praticantes, reparo como somos um grupo de pessoas distintas, de origens e línguas diferentes, com estaturas e tamanhos nada iguais e no entanto pressinto que, aqui, estamos todos para o mesmo, compreendermos um pouco mais esta prática que com esforço e cuidado mantemos nos nossos quotidianos.
De frente para aquele professor canta-se o mantra inicial e dá-se o começo de mais uma prática no KPJAYI, a cada indicação de Sharath, a cada nova instrução, a cada contagem do vinyasa em sânscrito para entrarmos, permanecermos e sairmos de cada posição, sentimos a temperatura a aumentar, o corpo mais e mais quente, gotas de suor a escorrer pelo rosto, pelos braços, pela barriga, pelas pernas...dobramos, esticamos, encolhemos, torcemos, rodamos, saltamos, giramos, como numa coreografia, em que a música é o som conjunto das nossas respirações e a canção as directrizes de Sharath.
Praticar em Mysore, com Sharath, é praticar sentindo uma intensidade quase inexplicável.
Uma que nos faz saltar por cima de obstáculos que anteriormente acharíamos como impossíveis de alcançar. Talvez esta energia seja fomentada por estarmos num país mais quente, por aquela sala ser, e ter sido palco de tantas práticas, visitada e acolhida por centenas de praticantes, ou por ainda reconhecermos a presença de Shri K. Pattabhi Jois (1915-2009), ou porque talvez, o seu neto imprima e sustente uma maior entrega, comprometimento e responsabilidade.
Praticar em Mysore, com Sharath Jois, significa escutar.
Escutar e confiar nas suas indicações e ouvirmo-nos a nós mesmos, à nossa respiração, ás reacções do corpo e sem expectativas, sem metas, deixarmo-nos ir na viagem interna de uma intensidade transformadora e integrante.
Praticar em Mysore, com Sharath Jois, significa escutar.
Escutar e confiar nas suas indicações e ouvirmo-nos a nós mesmos, à nossa respiração, ás reacções do corpo e sem expectativas, sem metas, deixarmo-nos ir na viagem interna de uma intensidade transformadora e integrante.
1 comentário:
oh, vera, i wish you could translate this text in english....! (and the previous on practicing & food)
:)
greetings from the arctic circle!
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