terça-feira, 19 de julho de 2016

After almost 10 years!#

 Depois de quase 10 anos sem praticar com o meu primeiro professor de Ashtanga Yoga, 2016 foi o ano que finalmente coloquei a mala, o tapete e a prancha de surf  na parte de trás do carro, e fiz-me à estrada rumo ao Alentejo. A viagem foi feita com a alegria de voltar praticar com o Tarik, mas também porque iria rever um outro professor, que é também um amigo, o Matt Corigliano.

Quando chegámos, no primeiro dia, à Herdade do Freixial, eram quase 8h da manhã, os praticantes do primeiro turno estavam já cá fora, com as típicas aparências de um pós-prática, cabelos ainda molhados de suor, e roupas manchadas da intensa transpiração, mas rosto imaculado de uma beleza Ashtangi apenas conseguida por aqueles que sobem ao tapete e o praticam. Lá entrei timidamente na sala, era a Lea que estava a receber quem chegava, e o Tarik a orientar os lugares onde iríamos estender o tapete, cumprimentei ambos com algum nervosismo e abracei forte o Matt. Lá comecei a praticar, há muitos anos que faço apenas Primeira Série no primeiro dia dos Intensivos que participo, e só no segundo dia começo a fazer o que normalmente pratico em casa, quando estou a deitar-me para fazer as posturas de Urdhva Dhanurasana, aparece o Tarik e pergunta-me, "Verinha só vais fazer Primeira Série?" E eu sorri-lhe e pensei, que saudades deste meu professor que me colocou, constantemente, em contacto com aquilo que tinha como os meus limites, limites de tudo, físicos, mentais e acima de tudo as minhas emoções. Lá me levantei e comecei a Segunda Série,  foi um primeiro dia intenso, recebi ajustes do Tarik e igualmente do Matt, explicaram-me pormenores de posturas que ainda não sabia, e despedi-me com um sorriso e um sincero obrigada, fui para casa de coração cheio e já ansiar pelo segundo dia!

Na manhã seguinte acordamos, eu e o Jo, com o corpo meio amassado da intensidade do dia anterior, mas ambos com a mesma vontade de ir praticar. Voltámos a rever algumas pessoas que saíam do primeiro turno e entrámos na sala para os lugares que nos destacaram, voltei a ter ajustes e conselhos do Tarik e do Matt e voltei a sair da sala com o coração cheio de alegria.

No terceiro dia de prática, e depois de muito surf no corpo do dia anterior, fiz-me ao caminho, estava uma manha meia cinzenta, mas já quente, num Alentejo extremamente bonito nesta altura do ano. Quando comecei a praticar senti-me presa, dura, sem qualquer vestígio de flexibilidade, a minha mente passeou uns minutos pela indecisão de fazer apenas Primeira Série, mas este seria o último dia da minha breve estadia, e depois seriam novamente alguns meses a praticar sozinha sem ajuda de um professor, lá respirei fundo, olhei a foto do Guruji que está no centro da sala, junto às janelas, e fiz o que eles me mostraram nos dias anteriores, se estava agradecida pelos primeiros dias, mais fiquei por este último, porque mais uma vez, houve apoio, ajustes, dicas e informações para eu trazer para casa, acima de tudo inspiração para continuar a praticar,  e daqui a uns tempos voltar a fazer a mesma viagem para o Sul, parar na Herdade do Freixial e praticar com Tarik e com a Lea, e para o ano que vem, voltar por mais tempo para o Intensivo anual com o Matt Corigliano. Não vou deixar passarem mais 10 anos para rever estas pessoas, para estudar com elas, surfar, ouvir histórias e dar gargalhadas!
Vocês cá de casa, se vão para aqueles lados, escrevam-lhes e parem por lá e pratiquem com eles!

EN
After nearly 10 years without practicing with my first Ashtanga Yoga teacher,  2016 was the year that i finally put the bag, the mat and the surfboard in the back of the car, and got myself on the road towards the Alentejo. The trip was made with the joy of returning to practice with Tarik, but also because i would review another teacher, who is also a friend, Matt Corigliano.

When we arrived on the first day, in Herdade do Freixial, were almost 8 am, practitioners of the first shift were already outside, with the typical appearance of a post-practice, hair still wet with sweat and stained clothes of heavy sweating but immaculate face of an Ashtangi beauty only achieved by those who step on the mat and practice. There I walked timidly into the room, it was Lea who was receiving those arriving, and Tarik telling the places where we would extend the mat,  greeted both with some nervousness and strong hugged Matt. There I began to practice, for many years I only make First Series on the first day of the Intensive I m participating, and only on the second day i start  to do what i usually do it at home, when I am lying down to do the postures of Urdhva Dhanurasana, Tarik appears and asks me, "Verinha'll you only do First Series?" And I smiled at him and thought, that i missed my teacher that always took me constantly in touch with what i believe were my limits, limits of all physical, mental and above all my emotions. There I got up and started the Second Series, was a first intense day, I received adjustments from Tarik and also Matt, they explained details of positions that did not know, and I said goodbye with a smile and a honest thank you, I went home with a full heart and already looking forward for the second day!

The next morning we woke up, me and Jo, feeling our body of the intensity of the previous day, but both with the same desire to go to practice. We saw again some people coming out of the first round and we entered the room to the places highlighted in, I had again adjustments and advices from Tarik and Matt and left the room with a heart full of joy.

On the third day of practice, and after surfing so much on the day before, I made the way to Herdade, was a gray morning, but still hot, in  extremely beautiful Alentejo at this time of the year. When I started practicing I felt tired, stiff, without any flexibility trace, my mind wandered a few minutes by indecision to only do First Series, but this would be the last day of my brief visit, and then i would be again a few months to practice alone without the help of a teacher, i took a deep breath, looked the picture of Guruji at the center of the room, next to the windows, and did what they showed me in the last days, if i was grateful for the last days, i was even more because once again, there was support, adjustments, tips and information for me to bring home, and above all inspiration to continue to practice, and after some time, come back,  to do the same journey to the South, stopping at Herdade do Freixial  and practice with Tarik and Lea, and the next year, come back for more time for the annual Intensive with Matt Corigliano. I will not let pass another 10 years to review these people to study with them, surfing, listening to  their stories and laugh!
People from home, if you are going to those sides, write them and stop there and practice with them!

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