segunda-feira, 28 de março de 2011

Abhyasa


Respirar.
Respirar e formar o movimento de entrada, permanência e saída das posturas, marcando o ritmo do vinyasa, produzindo o tapas e o fogo interno que desencadeiam o processo de transformação, de limpeza interna, de circulação de energia, de oxigénio e de sangue, de purificação de um organismo vivo, repleto de potencial.


Inspirar.
Inspirar e expirar pelo nariz, escutando o som do Ujjayi que nasce na glote, estimulando a concentração, aguçando a atenção para o presente e recolhendo os sentidos para o interior.


Com o corpo.
Com o corpo desenhar as séries de posturas, segurando o mula bandha e o uddiyana bandha, para que as possamos saborear como contas de um mala, uma atrás da outra, cada uma a preparar a próxima para uma coreografia de conexão do corpo, da mente e da alma.


Focando os olhos.
Focando os olhos, fazemos uso dos 9 dristhis e consolidamos o crescente estado de concentração, que esboça o aspecto meditativo deste Ashtanga Yoga. Sem perdermos a consciência da respiração, dos movimentos, das posturas, dos bandhas e dos dristhis, vamos humildemente, criando as bases de uma prática de Ashtanga, que tem como ideal ser regular, consistente, alimentada pela experiência e não por palavras.


Abhyasa.
Abhyasa - "99% practice, 1% theory", Shri K. Pattabhi Jois (1915-2009).

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