Existem muitos aparentes obstáculos que surgem no início ou durante a prática, seja porque a sala está demasiado quente ou fria, ou porque calhou-nos um lugar que "não gostamos muito", que a sala está muito escura ou muito clara, ou que estamos a apanhar com correntes de ar, ou porque temos ao nosso lado um praticante que é "meio bruto", postura sim, postura não, lá vem para cima do nosso "mat"... postura sim, postura não, parece que vamos levar um encontrão... E nalguns dias por mais indicações que enviamos para nos concentrarmos, para seguirmos a respiração, para focarmos as posturas, bandhas e dristhis, sentimos que a nossa amiga ou inimiga mente, está sempre presente para distrair-nos.
Há medida que vamos adquirindo mais experiência, maior capacidade de observação, de auto-consciência, acabamos por ganhar mecanismos de defesa face às investidas da mente.
O engraçado de tudo isto é que aprendemos muito sobre os nossos limites e aumentamos as nossas barreiras internas. Viver situações de pouco conforto, ou cenários pouco perfeitos e mesmo assim continuarmos a nossa prática até ao fim, apesar do que a mente pode trazer, permite adquirirmos uma maior capacidade de relativizar e acima de tudo, dá-nos uma sagrada dose de disciplina. E no fim da prática, enquanto bebemos uma abençoada água de coco e contamos o que aprendemos com tudo isto a um amigo, rimo-nos de nós mesmos, porque percebemos que no fundo nada disto são obstáculos, são apenas devaneios e testes de uma mente que teima em ser rebelde!
Boas práticas!
* foto retirada de pesquisa online
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Our mind can be a real obstacle to a stable practice, more so than our physical limitations such as a lack of flexibility, strenght or resistance, etc. The limitations of the mind are always more intense because it has the capacity to create traps in our discipline, in our tapas.
There are many apparent obstacles that arise at the start or during the practice, whether it is because the room is too hot or cold, or because we in a space that we "don´t like much", because the room is too dark or too light, because we are caught in a draft, or we have a practitioner on one side who is a "bit rough", and every posture it feel like he will collide with us. And on some days, the more orders we give ourselves to concentrate, to follow the breathing, to focus on the positions, bandhas and dristhis, we feel that our mind - either our friend or our enemy, is always present to distract us.
With more experience, we acquire better capacity to observe, self awareness, yet we are left with a defence mechanism when faced with the mind´s advances.
The funny thing is, that we learn a lot about our limits and how to raise our internal barriers, how to live in situations with little confort or in imperfect scenarios, and still continue our practice until the end, despite what the mind brings, allow ourselves a better capacity to rationalise and above all, this gives us a sacred dose of discipline. At the end of practice, when we drink a blessed coconut water and tell a friend what we learnt about all of this, we laugh at ourselves, because we understand that at the end of the day none of these are obstacles, but only whims and tests that the rebellious mind throws at us!
Happy practicing!
* photos taken from online research.
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