Depois de estarmos longe, com todo o tempo para apenas sermos alunos do nosso professor, onde o foco principal do dia era planear e viver um quotidiano em prol da bendita, mágica e intensa prática de Ashtanga, é normal regressarmos a casa a sentirmo-nos repletos de luz, força e garra interna e redobrada conexão connosco mesmo. E embora o regresso a casa traga naturalmente as muitas responsabilidades e obrigações que até então tinham ficado suspensas pela ausência, traz também um novo tempo para amadurecer conhecimentos e melhor entendimento do que se viveu durante mais uma temporada de estudo. Se há coisa que os anos me têm ensinado, é que ninguém pode fazer a minha prática por mim, e eu também não posso praticar pelos meus alunos. Porque cada um de nós é o único responsável pelo nosso Sadhana, cabe a cada um manter a motivação para o encontro regular com o nosso tapete. Sharath, o Tarik, o Peter Sanson, ou outro dos professores com quem tive o grande privilégio de estudar, apenas criaram o ambiente para que eu tivesse a opção, de segundo a sua observação e supervisão, puder praticar. Mas mais que isso, não é possível! Eles nunca fizeram a minha prática por mim, porque o Yoga é uma prática interna e pessoal. Não dá para pagar a alguém para que a façam por nós mesmos, nem mesmo aos nossos professores, porque eles apenas podem passar-nos a metodologia do Ashtanga Yoga, técnicas, conselhos, dicas, e um ambiente seguro e estável para aprofundarmos a nossa prática. Não vale a pena bater o pé, refilar, resmungar, pedir, desejar que alguém faça a prática por vocês mesmos, porque isso apenas tiraria a graça do processo do Yoga. Ashtanga Yoga é uma prática dinâmica, onde juntamos a maravilhosa combinação de respirações conscientes com um conjunto determinado de movimentos e posturas, iniciando um processo lento, longo, gradual e especial, de limpeza do nosso corpo e mente, para abrirmos portas para melhor convivermos com a nossa alma. Viver este processo é algo incrível, que eu não trocaria por nada, implica somente arregaçar as mangas e fazermos.
Eu faço a minha, vocês fazem a vossa.
Boas práticas!
EN
After being away, with all the time to only be student of our teacher, where the main day focus was on planning and living a daily life for the sake of the blessed, magic and intense Ashtanga practice, is normal to return home and feel that we are full of light, inner strength and determination, and redoubled connection with ourselves. And although the return home of course bring the many responsibilities and obligations that had previously been suspended by our absence, also brings a new time to mature knowledge and better understanding of what we lived in another study season. If there's one thing that the years have taught me is that no one can do my practice for me, and I can not do it for my students. Because each of us is solely responsible for our Sadhana, it is up to each of us keep motivation to a regular meeting with our mat. Sharath, Tarik, Peter Sanson, or other teachers with whom I had the great privilege of studying, just created the environment that I had the option of according to their observation and supervision, i could practice. But more than that, is not possible! They never did my practice for me, because Yoga is an internal and personal practice. You can not pay someone to do for ourselves, even if they are our teachers, because they can just pass us the methodology of Ashtanga Yoga, techniques, advice, tips, and a secure and stable environment to deepen our practice. Is not worth it, hit the foot, cranky, grumbling, ask, or want someone to do the practice by ourselves, because it just would take the grace of the yoga process. Ashtanga Yoga is a dynamic practice, which joined the wonderful combination of conscious breathing with a particular set of movements and postures, starting a slow, long, gradual and special processo of cleaning of our body and mind, to open doors for us to better get along with our soul. Living this process is something incredible, I would not trade for anything, it only implies to roll up our sleeves and do.
I do mine, you do yours.
Happy practicing!