segunda-feira, 28 de julho de 2014

FULL DETOX with your Ashtanga practice

Não é novidade nenhuma que com uma prática regular e consistente de ASHTANGA Yoga, começamos a notar que o nosso corpo modifica-se. Ao longo dos meses reparamos que os braços ficam mais longos, que as gordurinhas acumuladas outrora na zona da cintura deixaram de existir, que as pernas têm um aspecto mais definido... É um benefício da prática, perder algum peso e adquirir tonus muscular, mas não é o objectivo do Ashtanga Yoga, é apenas uma das suas consequências.

O ASHTANGA Yoga é um sistema caracterizado pela sincronização da respiração com movimentos e sequências de posturas, que associadas aos focos oculares e ao chamados, Bandhas, activam o calor interno do corpo, produzem transpiração, estimulam a livre circulação sanguínea, trazem maior oxigenação ao nosso organismo. Além destes efeitos físicos existem muitos outros,  consequências que ultrapassam a lógica, a ciência, a fé, porque entram directamente num plano de energia, num plano espiritual. A prática das posturas e dos Vinyasas  são apenas ferramentas para acalmar a mente, para conseguirmos focar a mente, para fortalecermos a mente, tornando-nos pessoas mais fortes e não estou a falar de força física, mas da outra, daquela que nos projecta para uma garra interna que permite superarmos as práticas difíceis, as perras, as com dor. Sim, porque mesmo aqui, em Mysore, com este professor e com estes praticantes avançados, com o calor e humidade do tempo das monções, também existem os dias das práticas "menos boas", daquelas que apetece agarrar no tapete e fugir para casa, e chorar. E não é choro de birra, por queremos fazer as posturas e os movimentos certinhos, mas sentimos o corpo limitado e restringido. É um choro interno, de dentro, de fragilidade energética, de real noção da limitação do corpo e da mente. E de percepção que isto, a prática, é realmente uma fonte poderosa de detox, de limpeza que vai avançando para o âmago, para a essência. Vai do físico para o mental, e do emocional para todas as outras camadas do nosso ser.

Mas precisa de tempo, de consistência, de honestidade, de humildade, de perseverança, de disciplina, de garra, de alegria. Resta abraçarmos o processo, rir e chorar de nós mesmo e buscarmos  inspiração à própria prática, ao nosso professor, a estes praticantes, aqueles que parecem voar de postura em postura e aos outros que também passam por dificuldades, e permitir-nos limpar, por dentro e por fora.

No fim, enrolamos o tapete,
limpamos as lágrimas e levamos as lições para casa.
Amanhã há mais!


It's not New that with a regular and consistent practice of Ashtanga yoga, we begin to notice that our body is modified. Over the months we noticed that the arms are longer, the accumulated fats in the waist once ceased to exist, the legs have a more defined look ... It's a benefit of the practice, lose some weight and gain muscle tone, but is not the purpose of Ashtanga Yoga, is just one of its consequences.

The Ashtanga is a system characterized by the synchronization of  breathing and movements and  sequences  of postures that associated with the eye  focus points and the  so called, Bandhas, activate the internal body heat, producing perspiration,  stimulate free blood circulation, increased oxygenation to our organism. Besides these, there ate many other physical effects, consequences that go beyond logic, science, faith, because they enter directly into a energectic plan, a spiritual plan. The practice of postures and vinyasa are just tools to calm the mind so we can focus the mind, to strengthen the mind, making us stronger people and I'm not talking about physical strength, but the other, that which directs us to an internal strength that allows overcoming the difficult practices, the stiff ones and those with pain. Yes, because even here in Mysore, with this teacher and with these advanced practitioners, with the heat and humidity of the monsoon time, we also have the days of "less good" practices, those that makes want to grab the mat and escape home and cry. And is not a cry of being spoiled, neither because we want to do the postures and movements right but we feel limited and restricted in the body. Is an inner cry from within, from a fragile energy, a pure sense of limitation of body and mind. And the perception that the practice is really a powerful source of detox, a cleaning that will advance to the core, to the essence. Going from physical to mental and emotional and all other parts of our being.

But it takes time, consistency, honesty, humility, perseverance, discipline, determination, joy.
We can only  embrace the process, laugh and cry of ourselves, get inspiration from our own practice, our teacher, these practitioners,  those who seem to fly posture by posture and also from others that are experiencing difficulties, and  just allow us to clean, inside and out.

In the end, we wrapped up the mat,
clean the tears and take home the lessons.
 Tomorrow there will be more!

quarta-feira, 23 de julho de 2014

TEACHER inspiration

Estamos na altura das monções, chove várias vezes ao dia e acabo por estar mais em casa, com mais tempo para estudar, reflectir e sentir. As manhãs são passadas no Shala, a prática começa logo cedo, caminho pelas ruas de Gokulam uns minutos antes das 5 da manhã, para entrar no reconhecido KPJAYI. Faço parte do primeiro turno e por isso desta vez posso escolher o lugar que quiser, mas tenho estendido o  tapete no mesmo sítio  há 4 semanas! Optei por este, como poderia ser outro qualquer, não interessa onde fico,  perto da porta, no palco, lá atrás ao pé das janelas por onde entra a brisa, ou junto aos balneários, ou qualquer outro.

Não é só isto que é diferente, sinto que a energia do Shala também não está igual, talvez porque somos tão menos praticantes, ou talvez, porque conhecemo-nos todos, de outras viagens, de outros anos. Também as práticas têm sido particularmente especiais, sinto que andamos todos, dia atrás de dia, a aceder directamente a tudo o que Sharath tem partilhado connosco, toda a informação que temos trabalhado nas aulas teóricas, talvez esta seja sem dúvida, a grande diferença, acedermos a este conjunto directrizes. Parece existir uma entrega adjacente, uma vontade renovada, uma inspiração amplificada. Ali estamos, dia após dia, entregues a testar nos nossos corpos, o Ashtanga Yoga, que quando feito de forma tranquila, permite realmente  limpar em profundidade o nosso organismo, recuperar flexibilidade, força, resistência, mas também foco, concentração, paz mental. 

Quando subi da minha última "ponte", reparei que ele estava ali, tão perto que se estendesse o meu braço tocava no dele. Sorri por dentro, porque fazer os dropbacks com ele ali, é sempre engraçado, para não escrever outra coisa. Lá fui para baixo e vim para cima, com a minha respiração e com os meus Bandhas. Na terceira vez, ele estava mais perto de mim, cruzei os braços sobre o peito, as mãos a agarrar os meus ombros para darmos início ao ajuste dele nesta posição, ser ajustado por Sharath 
não é mesmo que sê-lo por outro professor, porque ele é o nosso Guruji, com todo o respeito a Shri K. Pattabhi Jois. 

Inspirei e expirei e fui para trás, uma, duas, três vezes, na quarta completei o movimento com a sua ajuda, toquei com as mãos no chão, caminhei para dentro da postura, disse-me baixinho para caminhar mais, quando as mãos  já tocavam os calcanhares, agarrou-me numa das mãos e levou-a acima do tornozelo, agarrou a outra e levou-a  acima do outro, disse-me outra vez baixinho, respira. Ali fiquei estável, pernas esticadas, a respirar, sem tensão, sem contração, sem restrição. Entregue a ele. Entregue ao Yoga. Quando me mandou tirar as mãos, subi com o tronco à verticalidade, sorri para ele, cá dentro agradeci-lhe, cá dentro sinto gratidão por mais uma vez receber esta inspiração para continuar a praticar, estudar, reflectir e sentir.


Foto retirada de pesquisa online.

We are in the time of the monsoon,  rains several times a day,  and i end up being more at home, with more time to study, reflect and feel. Mornings are spent in Shala, practice begins early, i walk through the streets of Gokulam few minutes before 5 am, to enter in the recognized KPJAYI.
I am part of the first shift, and so this time I  can choose the place I want, but I have stretched my mat in the same place for this last four weeks! I choose this, as i could choose any other, no matter where i am, near the door, on stage, on the back near the windows which lets in the breeze, or near the changing rooms, or any other.

Is not just this that is different, i feel that the Shala energy  is also not equal, perhaps because we are so much less practitioners, or perhaps because we all acquaintances, from other trips, other years. The practice has also been particularly special, i feel that we're all, day after day, having direct access to all that Sharath has sharing with us, all the information we are working in the theory classes,  perhaps this is the undoubtedly big difference, having access to this guidelines. There seems to be a delivery adjoining, a renewed willingness, an amplified inspiration. Here we are, day after day, surrender in experience in our bodies, the Ashtanga Yoga, which when done smoothly, really allows deep cleanse
 in our body, regain flexibility, strength, endurance, but also focus, concentration, mental peace.

When i came up from my last "bridge", i noticed he was there, so close that if extended my arm I would touched his. I smiled inside, because doing the dropbacks with him so close, is always funny, not to write other thing. I went down and came up with my breathing and Bandhas. The third time, he was closer to me, i crossed my  arms over my chest, my hands grabbing my shoulders to give start his adjustment  in this position, being adjusted by Sharath is not same with other teacher, because he is our Guruji, with all due respect to Shri K. Pattabhi Jois.

I inhaled and exhaled and went back once, twice, three times, on the forth i completed the movement with his help, i touch with the hands on the floor, walked into the posture, he softly told me to walk more, when my  hands touched my heels, he put my hand above one ankle, than he grabbed the other hang and took it to above the other ankle, he told me again softly, to breathe.
There i was stable, with the  legs straight, breathing, without tension, without contraction, without restriction. Surrender to him. Surrender to Yoga. When he told me to come up,  i release the ankles brought my trunk upright, i smiled at him,  inside me i thanked him,  inside me, i feel gratitude for once again receive this inspiration to continue to practice, study, reflect and feel.

Photo from online search.

sábado, 19 de julho de 2014

THERE ARE LETTERS & LESSONS...

Há cartas que não são para serem escritas.
Há cartas que ficam na nossa mente, talvez mais ainda, no nosso coração.
E às vezes é preciso tempo, para melhor incorporarmos as lições que o Ashtanga sussurra, nos nossos ouvidos, dia atrás de dia. Para lá do torce aqui, roda para ali, salta para acolá, nesta dança especial de respirações e movimentos, há todo um contexto que muitas vezes não temos tempo para sentir. Só passado anos de prática consistente, depois de muitas idas ao tapete, é que lá começamos a entender, que realmente há muito mais que o visível. Depois de levarmos o corpo a uma limpeza total, de praticarmos a conjunção da respiração com as posturas, de aperfeiçoarmos os Vinyasas, de adquirirmos experiência na arte dos Bandhas e de conseguirmos gerar tamanho calor interno, que suamos poças de águas que enchem as roupas de transpiração. De passarmos pelas tais e queridas, boas práticas, pelas menos boas, as fáceis, as  difíceis, as leves e as perras, num mundo infinito de opostos. Superando a preguiça, ganhando disciplina, Bhavana e em primeira instância, um Sadhana, uma prática. Depois disto tudo, é que poderemos  perceber uma outra das lições do tapete, e que é fundamental para alcançarmos o tal Nirodha, o tal conceito que Patanjali refere no primeiro Pada, falo de Vairagya, o difícil desapego.

Conseguir aceitar e entregar-nos ao momento presente. Conseguirmos aceitar o que ficou lá atrás, as alegrias e as tristezas e movermo-nos num presente com serenidade e especialmente paz interna. Sim, há cartas que  não se escrevem, que ficam guardadas nos "rascunhos" das nossas caixas de email, palavras que nunca serão lidas, não como forma de apego, mas o contrário, por uma aceitação profunda, uma libertação extrema, um equilíbrio renovado.
Para estendermos o tapete mais uma vez, para mais uma prática, onde mantemos o silêncio por duas horas, onde estamos dentro do Shala mais famoso do Mundo, com o professor mais reconhecido do Mundo, com praticantes dos 4 cantos deste mesmo Mundo e sentimos a percepção que entramos, permanecemos e saímos de cada uma das  posturas, com essa mesma sensação de liberdade, de entrega, e desapego. Praticando não só Ashtanga, mas Vairagya. Sim, há cartas que não são para serem escritas. Há cartas que ficam na nossa mente, talvez mais ainda, no nosso coração, nos "rascunhos" das nossas caixas de email, não por apego, mas porque um dia a lição assenta e a liberdade chega. E soltamos o corpo, a fantástica mente e o coração para algo que realmente conta, a aceitação do presente.

A estabilidade de sentirmo-nos aqui. Apesar de todas as condicionantes, estar nesta posição, nesta respiração,  ou sentados na cadeira de verga, com a porta aberta da casa, por onde vento das monções da Índia entra em forma de brisa fresca, toca ao de leve este corpo, faz levantar a minha face, lá fora decorre  mais um dia, os vendedores de papaias param porta à porta, as vizinhas limpam as entradas das casas, os homens lêem os jornais nos muros...Aceitar, entregar e largar...  Vairagya!
Até amanhã tapete...

There are letters that are not to be written.
There are letters that stay in our minds, perhaps even more, in our hearts.
And sometimes it takes time to better incorporate the lessons that Ashtanga whispers in our ears, day after day. Beyond the twists, the spinning, the jumps, this special dance of breaths and movements, there is a all context that often we do not have time to feel. Only after years of consistent practice, after many times on the mat, we start to see that there is really much more than the visible. After we take the body to a complete cleaning, of  practicing the conjunction of breath with the postures, of  improving the Vinyasa, gaining experience in the art of Bandhas, being able to generate internal heat, sweating puddles of water that fill the clothes of perspiration. Passing by the dear and good practices, the less good, the easy ones, and the difficult ones, the light and the stiff ones, an infinite world of opposites. Overcoming laziness, gaining discipline and Bhavana, and in the first instance, one Sadhana, a practice. After all this, we can be able to understand another of the mat  lessons, and that  is fundamental to achieving the Nirodha, the concept that Patanjali refers in the first Pada, i m speaking of Vairagya, the difficult detachment.

Able to accept and surrounded us to the present moment. Accepting  what was back there, the joys and sorrows and move into a present of serenity and inner peace. Yes, there are letters that are not to be written, they are stored in the "drafts" of our email boxes, words that will never be read, not as a form of attachment, but the opposite, a deep acceptance, an extreme release, a renewed balance.
To extend the mat once again for another practice, where we remain silent for two hours, where we are in the most famous Shala of the World, with the most recognized teacher of the World, with practitioners from the 4 corners of this world and feel the perception that we enter, remain and we leave each of the postures, with that same sense of freedom, delivery, and detachment. Not only practicing Ashtanga, but Vairagya. Yes, there are letters that are not to be written. There are letters stay in our minds, perhaps even more, in our hearts, in the "drafts" of our email boxes, not by attachment, but because one day the lesson is felt and the freedom arrives. And we let go of the body, the fantastic mind and the heart for something that really counts, the acceptance of the present.

The stability of being here. Beside of all the constraints,  being in this asana, in this breath, or seated in the withe chair, with the door open, where the India monsoon wind enter in the form of cool breeze, touches lightly this body, lifting my face,  out there arises another day, papayas vendors stop door to door,  women neighbors clean the house entrances, men read the  newspapers ... Accept, surrounder and release... Vairagya!
See you tomorrow mat...

domingo, 6 de julho de 2014

THERE ARE PEOPLE

Parece que há pessoas que surgem na nossa vida com o  intuito de nos relembrar que deveremos olhar para dentro de nós, que talvez parar será boa ideia, para contemplarmos onde e como estamos. Trazendo a nossa atenção para dentro, num puro exercício meditativo, de introspecção.

São o fio condutor para  mostrar-nos alguma forma de conhecimento, permitindo reaprender algo que outrora sabíamos, mas fruto de um quotidiano com tantas actividades e possíveis distracções, acabámos por esquecer. São pequenas coisas, pequenas palavras, atitudes ou acções que acendem dentro de nós, uma espécie de luz que transporta-nos para um outro caminho, muitas vezes o troço onde já estivemos, mas por qualquer razão o abandonámos.  E outras vezes levam-nos até terrenos desconhecidos, lugares internos que nunca pisámos, iniciando uma descoberta que gera amplos benefícios.

Estas pessoas podem ser os nossos professores, que pela sua experiência, em determinado momento, apresentam-nos novas ideias para pensarmos, novos meios de explorarmos a nossa prática, que ajudam a acalmarmos e olharmos para isto do Ashtanga, com olhos mais neutros e sentirmos dentro de nós, as razões que estão por detrás da primeira série, segunda, terceira... Que relembram da função da respiração, incentivam ao estudo interno das posturas, que desfazem falácias e mitos e com mãos e palavras sabedoras, abrem a nossa percepção para algo maior.  Mas podem ser pessoas fora das paredes do Shala, familiares, amigos, conhecidos e desconhecidos. Gente que varia em idade, crenças, estilos de vida e por alguma razão, em determinado momento acendem em nós a tal "luzinha" que faz-nos desligar e voltar a ligar o nosso Ser. Pessoas com tamanha garra, tamanha força, que ajudam a mostrar-nos que é preciso encher os pulmões de ar e simplesmente ir, deixar-nos ir.  Enfrentando demônios internos, medos, inseguranças ... Passamos a surfar ondas maiores, a entrar em picos que antes não considerávamos como opção, arriscamos na nossa vida profissional, mudamos de trabalho, de casa, viajamos para conhecer o mundo, saímos da vida que estabelecemos dentro de uma redoma segura e aumentamos horizontes e vivências externas, mas também  as  internas. Ganhamos renovada confiança, serenidade, estabilidade e clareza. Conduzimos as nossas experiências externas para o nosso interior, ou vice-versa, começamos pelo nosso yoga e dirigimos o nosso interno para as vivências do dia-a-dia

Nem sempre estes processos são fáceis, muitas vezes são feitos com alguma dose de incomodo e de resistência, porque abalam o que até então tínhamos como verdade, como certo. Mas o regresso para um modo mais interno, mais genuíno, paga por si só, as dificuldades em encontrarmos ou reencontrarmos  a tal luz.

It seems that there are people that come into our lives in order to remind us that we must look into ourselves, that maybe be a good idea to stop, to contemplate where and how we are. Bringing our attention inward, a pure meditative exercise qin introspection.

Are the thread to show us some form of knowledge, allowing relearn something that we  once knew, but  fruit of everyday activities and with so many possible distractions we eventually forgot. It's little things, little words, attitudes or actions that spark within us, a kind of light that transports us to another path, often paths  where we have been, but for some reason abandoned. And sometimes lead us into unknown territory, internal places that we  have never stepped, initiating a discovery that generate broad benefits.

These people can be our teachers, who by their experience at any given time, present us with new ideas for thinking, new ways to explore our practice, which help to calm down and look at this from Ashtanga, with more neutral eyes and feel within us, the reasons are behind the first series, second, third ... That remind  of the function of breathing, stimulate the postures  internal study, remove  myths and fallacies and with knowing  hand and words, open our perception for something bigger. But can be  people from outside the walls of  the Shala, family, friends, acquaintances and strangers. People ranging in age, beliefs, lifestyles, and for some reason, at one point, they  light in that "little light" that makes us turn off and turn in again our Being. People with such power, such force, that help to show us what it takes to fill our lungs with air and just go, letting go. Facing inner demons, fears, insecurities ... We start surfing bigger waves, we enter in peaks that before we did not consider as an option, we risk in our professional lives, changed our work, home, travel to see the world, we leave the life that we once set within a secure bubble and increased external horizons and experiences, but also the  internal ones. We gain new confidence, serenity, stability and clarity.
We conduct our external experiences to our inner, or vice versa, we began from our yoga and drive our internal experiences for day-to-day life.

These processes are not always easy, are often made with some amount of discomfort and resistance, because they undermine what until then we had as true, as right. But the return to one more internal mode, more genuine pays for itself, the dificulteis in finding or meeting again that light. 

terça-feira, 1 de julho de 2014

BEING HERE

Voltar a Mysore é um privilégio, uma benção, um acto de coragem e fé. Um privilégio porque retornamos mais uma vez a este Shala, que tem a energia do Guruji, de Sharath e da família Jois, e das centenas de praticantes que por cá passam todos anos. Uma benção porque voltamos a ter a oportunidade de estudar com o nosso professor, aprofundar a nossa prática  pessoal e recolher informação e experiências para melhor ensinarmos. Um acto de coragem, porque deixamos as nossas famílias, os nossos países, as nossas escolas e alunos. Um acto de fé, porque depois de muitas viagens, de muitas práticas, continuamos a acreditar no Ashtanga.  

Being back to Mysore is a privilege, a blessing, an act of courage and faith. A privilege because again we return to this Shala, which has the energy of Guruji, of Sharath and the Jois family, and of hundreds of practitioners that all years  pass through here. A blessing because once again we have the opportunity to study with our teacher, deepen our personal practice and collect information and experiences to better teach. An act of courage, because we leave our families, our country, our schools and students. An act of faith, because after many trips, many practices, we still believe in Ashtanga.