Tendemos a pensar que todos os dias são segundas oportunidades, que a nossa vida é um conjunto de possibilidades, que o que não fizemos ontem, podemos fazer amanhã. Que se não cumprimos com os objectivos de outrora que teremos sempre um amanhã para tentar orientar as nossas decisões no sentido dessa finalidade. Mas existe tanto da nossa vida que não temos qualquer controlo, existe tanto que nos escapa, que muitas vezes, sim muitas, somos completamente surpreendidos com o que aconteceu naquele momento, que parecia ser apenas mais um episódio da nossa vida. Mais uma dia no escritório, mais uma prática, mais uma aula, mais um dia... Até que somos interrompidos de forma agressiva, cruel, demasiado realista que afinal, afinal a vida nem sempre tem segundas oportunidades, que para alguns a vida acaba agora e que os sonhos, as ambições, as vontades, os objectivos, tudo isso fica para trás, porque acabou.
Quem cá fica, quem assiste, andará alguns dias, talvez meses, para os mais sensíveis como eu, talvez anos, a tentar perceber porque é que foi assim, porque é que teve de ser naquele dia, porque é que teve de ser naquela hora e porque é que tivemos de assistir. Acima de tudo porque é que foi tão violento... e inevitavelmente deixamos rapidamente de pensar em fins cor-de-rosa, em vidas de alegria, felicidade, perfeição, porque verificamos que afinal tudo pode acabar de forma rápida , bruta e sem aparente razão.
Depois pensamos no nosso Yoga, no que o nosso Yoga pode ajudar o nosso corpo, a nossa mente... mas depois também ganhamos raiva ao nosso Yoga, sim raiva, desculpem sou humana, tenho direito a sentir toda uma série de emoções, e sim raiva... e não pisamos o tapete durante 3 dias, fechamos a persiana do quarto e pedimos ao mundo para nos esquecer, porque a nossa intenção é esquecer o mundo. E o tempo passa, e as imagens vão ficando mais claras e as saudades do nosso Yoga aumentam e um dia acabamos por nos levantar, com uma visão mais crua da realidade, mas conseguimos pisar o tapete e voltamos a respirar daquela forma e erguemos os braços e lá vamos nós, passamos pelo marcante Surya Namaskar B e continuamos a respirar e começamos ao de leve as posturas de pé e por aí seguimos...sentindo de quando em quando um aperto no coração, uma vontade súbita de chorar, a imagem daqueles olhos ali mesmo ao pé de nós, mas prosseguimos e percebemos que sim, para alguns não existem segundas oportunidades, sim, para alguns isto da vida acaba de um momento para o outro e sim, para outros, como eu, como tu e vocês recebemos esta chamada da realidade e compreendemos que somos uns sortudos porque ainda aqui andamos, acima de tudo ganhamos a responsabilidade de fazer melhor, de ser melhor, de dar o nosso melhor.
*imagem retirada de pesquisa online.
Quem cá fica, quem assiste, andará alguns dias, talvez meses, para os mais sensíveis como eu, talvez anos, a tentar perceber porque é que foi assim, porque é que teve de ser naquele dia, porque é que teve de ser naquela hora e porque é que tivemos de assistir. Acima de tudo porque é que foi tão violento... e inevitavelmente deixamos rapidamente de pensar em fins cor-de-rosa, em vidas de alegria, felicidade, perfeição, porque verificamos que afinal tudo pode acabar de forma rápida , bruta e sem aparente razão.
Depois pensamos no nosso Yoga, no que o nosso Yoga pode ajudar o nosso corpo, a nossa mente... mas depois também ganhamos raiva ao nosso Yoga, sim raiva, desculpem sou humana, tenho direito a sentir toda uma série de emoções, e sim raiva... e não pisamos o tapete durante 3 dias, fechamos a persiana do quarto e pedimos ao mundo para nos esquecer, porque a nossa intenção é esquecer o mundo. E o tempo passa, e as imagens vão ficando mais claras e as saudades do nosso Yoga aumentam e um dia acabamos por nos levantar, com uma visão mais crua da realidade, mas conseguimos pisar o tapete e voltamos a respirar daquela forma e erguemos os braços e lá vamos nós, passamos pelo marcante Surya Namaskar B e continuamos a respirar e começamos ao de leve as posturas de pé e por aí seguimos...sentindo de quando em quando um aperto no coração, uma vontade súbita de chorar, a imagem daqueles olhos ali mesmo ao pé de nós, mas prosseguimos e percebemos que sim, para alguns não existem segundas oportunidades, sim, para alguns isto da vida acaba de um momento para o outro e sim, para outros, como eu, como tu e vocês recebemos esta chamada da realidade e compreendemos que somos uns sortudos porque ainda aqui andamos, acima de tudo ganhamos a responsabilidade de fazer melhor, de ser melhor, de dar o nosso melhor.
*imagem retirada de pesquisa online.
1 comentário:
... que expressão de alma tão linda e tão sentida!
Será sempre o mesmo... "Para aprender não basta só ouvir por fora,
é necessário entender por dentro."
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