A praticar sozinha ou numa sala cheia de pessoas à minha volta, vou tentando encontrar, pelo Ashtanga Yoga, uma experiência de silêncio. Existe sempre som, o som da minha respiração, dos movimentos do meu corpo a tocarem o tapete por debaixo de mim, os pés do professor a pisarem o chão enquanto se desloca de praticante em praticante, a sua voz baixa ou alta, quando dá alguma instrução, as respirações e os movimentos dos outros que estão ali como eu, a mexerem o corpo, a criarem espaço na mente e a esticarem a alma.
Mas quer seja sozinha, quer esteja com tantos ao meu redor, ali estou ou estamos, a tentar (mos) viver silêncio. Calarmos um pouco esta coisa complicada que é a Mente, acalmar as suas flutuações, neutralizar o fluxo contínuo de pensamentos que estão constantemente a levar-nos para fora de nós mesmos, bendito o Ashtanga, que traz-nos de volta ao nosso interior, que mostra como verdadeiro espelho, o estado em que estamos. Muitas vezes o lamentável estado em que vivemos, o estado físico do nosso corpo, o estado da nossa pobre mente ansiosa, cansada, confusa, o estado miserável do nosso emocional, repleto de amolgadelas feitas pela vida, o estado quase inexistente da nossa energia vital e o estado do nosso espírito, que em muitos casos parece que fugiu do nosso corpo e foi viver ali para o lado. Haja o Ashtanga para trazer-nos de volta, para unir todas as camadas do nosso Ser, para escutarmos não sons, mas silêncio. Para vivermos em "mute", pelo menos algumas respirações, que prática a prática, dia atrás de dia, mês, anos se multiplicam por várias posturas e passagens entre elas, gosto de acreditar que mais tarde, ultrapassarão os limites dos nossos tapetes, da sala da escola de Yoga, que se expandem por todo um dia.
É isso que gosto no Ashtanga, dá-me a oportunidade de estar calada, calada cá dentro. E quando me vejo na ansiosa ansiedade, lembro-me da minha posição preferida, esta aqui em cima, BADDHA KONASANA, é daquelas que posso ficar as 5 respirações, 20, 30, 5 minutos, talvez mais... só respirando e reparando com um sorriso como o corpo solta, como a ansiedade desaparece, deixa de ter onde se agarrar... e volta o silêncio e volta a noção de que é assim que quero viver, tranquilamente tranquila. Boas práticas!
Practicing alone or in a crowded room with people around me, trying to find through Ashtanga Yoga, an experience of silence. There is always sound, the sound of my breathing, the movements of my body touching the mat under me, the feet of the teacher to step on the floor while moving from practitioner to practitioner, his voice low or high, when he gives some instruction, breaths and movements of others who are there like me, moving the body, create space in the mind and stretch the soul.
But whether alone or be with so many around me, there i´m or there we are, trying to live silence. Silence a bit this tricky thing that is the mind, calming the fluctuations, neutralize the continuous stream of thoughts that are constantly taking us out of ourselves, blessed the Ashtanga, which brings us back to the inside, which shows like a true mirror, the state we are. Often the sorry state in which we live, the physical condition of our body, the state of our poor, anxious, tired, confused mind, miserable state of our emotional, full of dents made from life, the almost non-existent state of our vital energy and the state of our spirit, that in many cases it seems that ran out of our body and went to live outside. Bless the Ashtanga to bring us back, to unite all layers of our being, to listen not sounds but silence. To live on "mute" at least a few breaths, that practice by practice, day after day, month, year multiply by various postures and passages between them, and i like to believe that later surpass the limits of our mats, the school of Yoga, that expand to an entire day.
That's what i like in Ashtanga, gives me the opportunity to be silent, silent inside. And when I find myself in eager anxiety, i remember my preferred position, this one that is up here, Baddha Konasana, is one that i can get the 5 breaths, 20, 30, 5 minutes, maybe more... just breathing and repairing with a smile as the body gets loose, how the anxiety disappears, which no longer has any place to hold... and comes back the silence and back the notion that this is how i want to live peacefully quiet.
Happy practicing!
fotos de/ photos by Pedro Terrinha & Sergio Tanica
Mas quer seja sozinha, quer esteja com tantos ao meu redor, ali estou ou estamos, a tentar (mos) viver silêncio. Calarmos um pouco esta coisa complicada que é a Mente, acalmar as suas flutuações, neutralizar o fluxo contínuo de pensamentos que estão constantemente a levar-nos para fora de nós mesmos, bendito o Ashtanga, que traz-nos de volta ao nosso interior, que mostra como verdadeiro espelho, o estado em que estamos. Muitas vezes o lamentável estado em que vivemos, o estado físico do nosso corpo, o estado da nossa pobre mente ansiosa, cansada, confusa, o estado miserável do nosso emocional, repleto de amolgadelas feitas pela vida, o estado quase inexistente da nossa energia vital e o estado do nosso espírito, que em muitos casos parece que fugiu do nosso corpo e foi viver ali para o lado. Haja o Ashtanga para trazer-nos de volta, para unir todas as camadas do nosso Ser, para escutarmos não sons, mas silêncio. Para vivermos em "mute", pelo menos algumas respirações, que prática a prática, dia atrás de dia, mês, anos se multiplicam por várias posturas e passagens entre elas, gosto de acreditar que mais tarde, ultrapassarão os limites dos nossos tapetes, da sala da escola de Yoga, que se expandem por todo um dia.
É isso que gosto no Ashtanga, dá-me a oportunidade de estar calada, calada cá dentro. E quando me vejo na ansiosa ansiedade, lembro-me da minha posição preferida, esta aqui em cima, BADDHA KONASANA, é daquelas que posso ficar as 5 respirações, 20, 30, 5 minutos, talvez mais... só respirando e reparando com um sorriso como o corpo solta, como a ansiedade desaparece, deixa de ter onde se agarrar... e volta o silêncio e volta a noção de que é assim que quero viver, tranquilamente tranquila. Boas práticas!
Practicing alone or in a crowded room with people around me, trying to find through Ashtanga Yoga, an experience of silence. There is always sound, the sound of my breathing, the movements of my body touching the mat under me, the feet of the teacher to step on the floor while moving from practitioner to practitioner, his voice low or high, when he gives some instruction, breaths and movements of others who are there like me, moving the body, create space in the mind and stretch the soul.
But whether alone or be with so many around me, there i´m or there we are, trying to live silence. Silence a bit this tricky thing that is the mind, calming the fluctuations, neutralize the continuous stream of thoughts that are constantly taking us out of ourselves, blessed the Ashtanga, which brings us back to the inside, which shows like a true mirror, the state we are. Often the sorry state in which we live, the physical condition of our body, the state of our poor, anxious, tired, confused mind, miserable state of our emotional, full of dents made from life, the almost non-existent state of our vital energy and the state of our spirit, that in many cases it seems that ran out of our body and went to live outside. Bless the Ashtanga to bring us back, to unite all layers of our being, to listen not sounds but silence. To live on "mute" at least a few breaths, that practice by practice, day after day, month, year multiply by various postures and passages between them, and i like to believe that later surpass the limits of our mats, the school of Yoga, that expand to an entire day.
That's what i like in Ashtanga, gives me the opportunity to be silent, silent inside. And when I find myself in eager anxiety, i remember my preferred position, this one that is up here, Baddha Konasana, is one that i can get the 5 breaths, 20, 30, 5 minutes, maybe more... just breathing and repairing with a smile as the body gets loose, how the anxiety disappears, which no longer has any place to hold... and comes back the silence and back the notion that this is how i want to live peacefully quiet.
Happy practicing!
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