Já sentados na mesa do costume, encostados às costas das cadeiras, sentindo o sol das 9 da manhã a tocar os nossos rostos e a iluminar os ainda vestígios de mais uma prática de Ashtanga Yoga. Ali relaxados, a desfrutar aquela sensação de prática no corpo e na mente, aquela sensação de "pós-prática", quando escutámos "NÃO SEI SE O ASHTANGA YOGA É REALMENTE A MINHA PRÁTICA? "Olhámos inevitavelmente uns para os outros, para depois fixarmos os olhos no que tinha falado. Foi fácil perceber que estava perturbado, inquieto e até triste. Entendemos que aquela frase não seria uma que serviria de tópico para as nossas conversas de pequeno-almoço, mas que era o começo de uma conversa de ele para ele, porque precisava de falar, especialmente de se ouvir.
"ESTOU HÁ UM ANO PARADO NA MESMA POSTURA... LEMBRO-ME QUANDO PRATICAVA OUTRO TIPO DE YOGA, AQUILO ERA DIVERTIDO. RIA-ME NAS AULAS, TENTAVA COISAS NOVAS... É QUE ISTO DO ASHTANGA É MUITO SÉRIO... ESTAMOS PARA ALI TODOS CALADOS... " Os argumentos continuaram, embora fossem sempre os mesmos, só mudou as palavras para os descrever. Que estava parado na mesma postura, que se sentia frustrado com o processo, que aquilo era muito sério, que não se divertia... e nós entre dentadas no pão de centeio, colheradas no famoso chia porridge, bebericando o sumo de laranja, ou o batido de spirulina fomos escutando com o máximo de atenção e solidariedade, até que se calou e todos fixaram os olhos em mim.
Lá me endireitei na cadeira, achei por bem começar por dizer, "só tu é que poderás responder à tua questão, só tu saberás se este Ashtanga Yoga é a tua prática diária ou não. O que posso dizer, é que quando descobri este método de Yoga, que me senti em casa. Finalmente em casa! Mas nem tudo foi fácil, simples, bonito, leve, profundo... tive e tenho, os meus próprios dias de desespero, de dúvida, de medo. Também eu estive parada em posturas, também eu tive de aprender com a rotina da prática, de fazer os mesmos movimentos e posições até começar a compreender que embora o esquema seja o mesmo, as práticas nunca são iguais. Prática a prática fui descobrindo a Prática. Prática a prática vou entendendo melhor o que é o Ashtanga Yoga.
Realmente nós não nos rimos durante o nosso Yoga, nós não tentamos posturas novas todos os dias e sim, procuramos ter uma atitude séria enquanto estamos em cima do tapete, de introspecção, de atenção, de concentração. E sim, estamos calados... porque precisamos de respirar pelo nariz, precisamos de estar com a nossa respiração. Mas a atitude também pode ser mais leve, deve ser mais leve, mais feliz, mais neutra. Sim, tocar nos limites dos nossos confortos, nos limites das nossas capacidades físicas, mentais, emocionais e energéticas não é fácil. Às vezes não é bonito, não é alegre, não é inspirador, não é... Sentir de perto a vivência das nossas frustrações, porque elas vêm tantas vezes ao de cima, sem darmos por elas, PUM... ali estão dentro de nós, a testar-nos... Não é fácil... mas sem dúvida que é aqui que começa o Yoga. O processo é este, não há segredos nisto, por isso a tão famosa frase do Guruji, a tal que diz "practice, practice, practice... all is coming". É preciso é praticar, ter uma atitude séria, de silêncio, mas de felicidade interna, de alegria... não fazemos Yoga para estar carrancudos, para vivermos tristes, para sentirmo-nos mal... isso não faz sentido nenhum.
Devemos cultivar a atitude certa quando estamos em cima do tapete, não viajarmos com a nossa mente, de cada vez que encontramos uma dificuldade, OH ESTOU ABORRECIDO! OH ESTOU CANSADO! OH ESTOU TÃO PERRO! OH, OH, OHHHH! ou pelo contrário, OH ESTOU TÃO MOTIVADA! OH ESTOU COM TANTA ENERGIA! OU ESTOU TÃO FLEXÍVEL! YUPIII!!!
Nem para um lado, nem para o outro. Estarmos bem, felizes, neutros. Respirarmos, vivermos as posturas, acordados, sincronizados e presentes na nossa prática.
Falar sobre isto é bem mais fácil que fazer, mas o facto de subirmos ao tapete 6x por semana, permite ganharmos as ferramentas necessárias para encontrar o equilíbrio sobre os opostos.
E tu praticas há um ano! Alguns de nós, que estamos aqui à tua frente praticam há mais de 10 anos, há 5, há 4... Acredita que já passamos por isso, talvez alguns não falem sobre isso, talvez alguns prefiram viver as questões e arranjarem respostas sem partilharem com os outros, tu fizeste-o e ainda bem que sim, mas não serei eu, nem ele, nem ela que iremos dar-te a resposta.
Só tu é que poderás responder à tua questão.
E pronto... ele continuou carrancudo, pensativo, mau-humorado... e nós mudámos o tema da conversa para outra coisa qualquer e continuámos a bebericar os nossos sumos... não serei eu, nem ninguém a dizer se esta prática é a certa para determinada pessoa. Para mim é, mas até ter a minha primeira aula de Ashtanga, também me sentava comigo mesma a pensar que aquilo que estava a praticar na altura não era a minha prática e mesmo depois de ter começado a praticar Ashtanga, depois daquela sensação de estar em casa, também tive momentos de dúvida, especialmente quando tinha uma dor, ou quando estive parada numa mesma postura por mais de 3 anos... não é fácil e sim, às vezes parece muito sério. Mas se lermos uma biografia de Krishnamacharya ou de Pattabhi Jois, entendemos que isto é para ser sério, porque senão for, se for para ser vivido como uma brincadeira,
como mais uma distracção, qual será o seu efeito no nosso corpo, na nossa mente? = 0.
Already seated at the table of custom, leaning against the back of the chairs, feeling the 9am sun touching our faces and brighten even more the traces of another Ashtanga Yoga practice ... there we were relaxed, enjoying that feelinh of practice in body and mind, that feeling of "after practice", when we heard "DO NOT KNOW IF ASHTANGA YOGA IS REALLY MY PRACTICE?" We inevitably looked at each others, then we set eyes on who had spoken. It was easy to see he was disturbed, restless and even sad. We understand that phrase that would not be a topic of conversation for our breakfast, but it was the beginning of a conversation from him to him, because he needed to talk, especially to hear himself. "I'M THERE, STOPPED IN THE SAME POSE FOR ONE YEAR ... I REMEMBER WHEN PRACTICED OTHER TYPE YOGA, THAT WAS FUN, I LAUGH IN CLASSES, I TRIED NEW POSES ... THIS ASHTANGA IS SO SERIOUS ... WE ARE THERE ALL SILENT..."The arguments continued, although they were always the same, he just changed the words to describe them. That he was stopped in the same posture, he felt frustrated with the process, that it was very serious, not amused ... and between our bites on rye bread, scoops in the famous chia porridge, sips in the orange juice, or in the spirulina smoothie we were listening with the utmost attention and sympathy, until he shut up and all eyes fixed on me.
There i straightened up in my chair and I thought to begin by saying that, "only you can answer your question, only you will know if this Ashtanga Yoga is your daily practice or not. What i can tell is that when I discovered this Yoga method, I felt at home. Finally home! Not everything was easy, simple, beautiful, light, deep ... and I had and still have, my own days of despair, doubt, fear. I also was stopped in postures, I also had to learn with the routine of practicing, making the same movements and positions to begin to understand that although the layout is the same, the practices are alike. Practice by practice I discovered the Practice. Practice by practice i understand better what is Ashtanga Yoga.
We really do not laugh at our Yoga, we do not try new positions every day and yes, we have a serious attitude while we're on the mat, of introspection, attention, concentration. And yes, we are silent ... because we need to breathe through your nose, we need to be with our breath . But the attitude can also be lighter, should be lighter, happier, more neutral. Yes, touching the limits of our comforts, the limits of our physical, mental, emotional and energy capacities is not easy. Sometimes it's not pretty, is not happy, is not inspiring, it is not ... Feeling closely the experience of our frustrations, because they often come up, before you know them, PUM ... there are within us, to test us ... It is not easy ... but no doubt this is where Yoga begins. The process is this, there are no secrets in it, so as Guruji's famous phrase say "practice, practice, practice ... all is coming." What we need is to practice, having a serious attitude, being in silence, but having inner happiness, joy ...we do not do yoga to be sullen, to live sadly, to feel bad ... That makes no sense.
We must cultivate the right attitude when we are on the mat, not travelling with our mind every time we encounter a difficulty, OH'M BORING! OH'M TIRED! OH I AM SO STIFF! OH, OH, OHHHH! or rather, OH I AM SO MOTIVATED! OH I M WITH MUCH ENERGY! OR I AM SO FLEXIBLE! YUPIII!! Nor to one side or the other. Being well, happy, and neutral. Breathing, living the postures, being awake, synchronized and present in our practice.
Talking about it is much easier to do, but the fact that we are on the mat 6 days a week, allows to gain the tools necessary to find the balance of the opposites. And you practice a year ago! Some of us who are here in front of you are practicing for over 10 years, 5, 4 ... Believe that we've been through this, some may not have talked about it, maybe some prefer live this questions and finding the answers without sharing with others, you did it and thankfully so, but I will not be, neither he nor she who will give you the answer.
Is only you that can answer your question.
And voila ... he continued frowning, thoughtfully, bad-tempered ... and we changed the topic of conversation to something else and continued to sip our juice ... not I, nor anyone to say whether this practice is right for a particular person. For me it is, but until i have my first Ashtanga class, i also sat with myself thinking that what i was practicing at the time was not my practice and even after I started practicing Ashtanga, after that feeling of being in home, also had moments of doubt, especially when i had a pain, or when I was stopped in the same posture for more than three years ... is not easy, and yes sometimes seems too serious. But if you read a biography of Krishnamacharya or Pattabhi Jois, we understand that this is to be serious, because if is not, if it is to be lived as a play, as another distraction, which will be it effect in our body, in our mind? = 0.
"ESTOU HÁ UM ANO PARADO NA MESMA POSTURA... LEMBRO-ME QUANDO PRATICAVA OUTRO TIPO DE YOGA, AQUILO ERA DIVERTIDO. RIA-ME NAS AULAS, TENTAVA COISAS NOVAS... É QUE ISTO DO ASHTANGA É MUITO SÉRIO... ESTAMOS PARA ALI TODOS CALADOS... " Os argumentos continuaram, embora fossem sempre os mesmos, só mudou as palavras para os descrever. Que estava parado na mesma postura, que se sentia frustrado com o processo, que aquilo era muito sério, que não se divertia... e nós entre dentadas no pão de centeio, colheradas no famoso chia porridge, bebericando o sumo de laranja, ou o batido de spirulina fomos escutando com o máximo de atenção e solidariedade, até que se calou e todos fixaram os olhos em mim.
Lá me endireitei na cadeira, achei por bem começar por dizer, "só tu é que poderás responder à tua questão, só tu saberás se este Ashtanga Yoga é a tua prática diária ou não. O que posso dizer, é que quando descobri este método de Yoga, que me senti em casa. Finalmente em casa! Mas nem tudo foi fácil, simples, bonito, leve, profundo... tive e tenho, os meus próprios dias de desespero, de dúvida, de medo. Também eu estive parada em posturas, também eu tive de aprender com a rotina da prática, de fazer os mesmos movimentos e posições até começar a compreender que embora o esquema seja o mesmo, as práticas nunca são iguais. Prática a prática fui descobrindo a Prática. Prática a prática vou entendendo melhor o que é o Ashtanga Yoga.
Realmente nós não nos rimos durante o nosso Yoga, nós não tentamos posturas novas todos os dias e sim, procuramos ter uma atitude séria enquanto estamos em cima do tapete, de introspecção, de atenção, de concentração. E sim, estamos calados... porque precisamos de respirar pelo nariz, precisamos de estar com a nossa respiração. Mas a atitude também pode ser mais leve, deve ser mais leve, mais feliz, mais neutra. Sim, tocar nos limites dos nossos confortos, nos limites das nossas capacidades físicas, mentais, emocionais e energéticas não é fácil. Às vezes não é bonito, não é alegre, não é inspirador, não é... Sentir de perto a vivência das nossas frustrações, porque elas vêm tantas vezes ao de cima, sem darmos por elas, PUM... ali estão dentro de nós, a testar-nos... Não é fácil... mas sem dúvida que é aqui que começa o Yoga. O processo é este, não há segredos nisto, por isso a tão famosa frase do Guruji, a tal que diz "practice, practice, practice... all is coming". É preciso é praticar, ter uma atitude séria, de silêncio, mas de felicidade interna, de alegria... não fazemos Yoga para estar carrancudos, para vivermos tristes, para sentirmo-nos mal... isso não faz sentido nenhum.
Devemos cultivar a atitude certa quando estamos em cima do tapete, não viajarmos com a nossa mente, de cada vez que encontramos uma dificuldade, OH ESTOU ABORRECIDO! OH ESTOU CANSADO! OH ESTOU TÃO PERRO! OH, OH, OHHHH! ou pelo contrário, OH ESTOU TÃO MOTIVADA! OH ESTOU COM TANTA ENERGIA! OU ESTOU TÃO FLEXÍVEL! YUPIII!!!
Nem para um lado, nem para o outro. Estarmos bem, felizes, neutros. Respirarmos, vivermos as posturas, acordados, sincronizados e presentes na nossa prática.
Falar sobre isto é bem mais fácil que fazer, mas o facto de subirmos ao tapete 6x por semana, permite ganharmos as ferramentas necessárias para encontrar o equilíbrio sobre os opostos.
E tu praticas há um ano! Alguns de nós, que estamos aqui à tua frente praticam há mais de 10 anos, há 5, há 4... Acredita que já passamos por isso, talvez alguns não falem sobre isso, talvez alguns prefiram viver as questões e arranjarem respostas sem partilharem com os outros, tu fizeste-o e ainda bem que sim, mas não serei eu, nem ele, nem ela que iremos dar-te a resposta.
Só tu é que poderás responder à tua questão.
E pronto... ele continuou carrancudo, pensativo, mau-humorado... e nós mudámos o tema da conversa para outra coisa qualquer e continuámos a bebericar os nossos sumos... não serei eu, nem ninguém a dizer se esta prática é a certa para determinada pessoa. Para mim é, mas até ter a minha primeira aula de Ashtanga, também me sentava comigo mesma a pensar que aquilo que estava a praticar na altura não era a minha prática e mesmo depois de ter começado a praticar Ashtanga, depois daquela sensação de estar em casa, também tive momentos de dúvida, especialmente quando tinha uma dor, ou quando estive parada numa mesma postura por mais de 3 anos... não é fácil e sim, às vezes parece muito sério. Mas se lermos uma biografia de Krishnamacharya ou de Pattabhi Jois, entendemos que isto é para ser sério, porque senão for, se for para ser vivido como uma brincadeira,
como mais uma distracção, qual será o seu efeito no nosso corpo, na nossa mente? = 0.
Already seated at the table of custom, leaning against the back of the chairs, feeling the 9am sun touching our faces and brighten even more the traces of another Ashtanga Yoga practice ... there we were relaxed, enjoying that feelinh of practice in body and mind, that feeling of "after practice", when we heard "DO NOT KNOW IF ASHTANGA YOGA IS REALLY MY PRACTICE?" We inevitably looked at each others, then we set eyes on who had spoken. It was easy to see he was disturbed, restless and even sad. We understand that phrase that would not be a topic of conversation for our breakfast, but it was the beginning of a conversation from him to him, because he needed to talk, especially to hear himself. "I'M THERE, STOPPED IN THE SAME POSE FOR ONE YEAR ... I REMEMBER WHEN PRACTICED OTHER TYPE YOGA, THAT WAS FUN, I LAUGH IN CLASSES, I TRIED NEW POSES ... THIS ASHTANGA IS SO SERIOUS ... WE ARE THERE ALL SILENT..."The arguments continued, although they were always the same, he just changed the words to describe them. That he was stopped in the same posture, he felt frustrated with the process, that it was very serious, not amused ... and between our bites on rye bread, scoops in the famous chia porridge, sips in the orange juice, or in the spirulina smoothie we were listening with the utmost attention and sympathy, until he shut up and all eyes fixed on me.
There i straightened up in my chair and I thought to begin by saying that, "only you can answer your question, only you will know if this Ashtanga Yoga is your daily practice or not. What i can tell is that when I discovered this Yoga method, I felt at home. Finally home! Not everything was easy, simple, beautiful, light, deep ... and I had and still have, my own days of despair, doubt, fear. I also was stopped in postures, I also had to learn with the routine of practicing, making the same movements and positions to begin to understand that although the layout is the same, the practices are alike. Practice by practice I discovered the Practice. Practice by practice i understand better what is Ashtanga Yoga.
We really do not laugh at our Yoga, we do not try new positions every day and yes, we have a serious attitude while we're on the mat, of introspection, attention, concentration. And yes, we are silent ... because we need to breathe through your nose, we need to be with our breath . But the attitude can also be lighter, should be lighter, happier, more neutral. Yes, touching the limits of our comforts, the limits of our physical, mental, emotional and energy capacities is not easy. Sometimes it's not pretty, is not happy, is not inspiring, it is not ... Feeling closely the experience of our frustrations, because they often come up, before you know them, PUM ... there are within us, to test us ... It is not easy ... but no doubt this is where Yoga begins. The process is this, there are no secrets in it, so as Guruji's famous phrase say "practice, practice, practice ... all is coming." What we need is to practice, having a serious attitude, being in silence, but having inner happiness, joy ...we do not do yoga to be sullen, to live sadly, to feel bad ... That makes no sense.
We must cultivate the right attitude when we are on the mat, not travelling with our mind every time we encounter a difficulty, OH'M BORING! OH'M TIRED! OH I AM SO STIFF! OH, OH, OHHHH! or rather, OH I AM SO MOTIVATED! OH I M WITH MUCH ENERGY! OR I AM SO FLEXIBLE! YUPIII!! Nor to one side or the other. Being well, happy, and neutral. Breathing, living the postures, being awake, synchronized and present in our practice.
Talking about it is much easier to do, but the fact that we are on the mat 6 days a week, allows to gain the tools necessary to find the balance of the opposites. And you practice a year ago! Some of us who are here in front of you are practicing for over 10 years, 5, 4 ... Believe that we've been through this, some may not have talked about it, maybe some prefer live this questions and finding the answers without sharing with others, you did it and thankfully so, but I will not be, neither he nor she who will give you the answer.
Is only you that can answer your question.
And voila ... he continued frowning, thoughtfully, bad-tempered ... and we changed the topic of conversation to something else and continued to sip our juice ... not I, nor anyone to say whether this practice is right for a particular person. For me it is, but until i have my first Ashtanga class, i also sat with myself thinking that what i was practicing at the time was not my practice and even after I started practicing Ashtanga, after that feeling of being in home, also had moments of doubt, especially when i had a pain, or when I was stopped in the same posture for more than three years ... is not easy, and yes sometimes seems too serious. But if you read a biography of Krishnamacharya or Pattabhi Jois, we understand that this is to be serious, because if is not, if it is to be lived as a play, as another distraction, which will be it effect in our body, in our mind? = 0.