segunda-feira, 30 de abril de 2012

My other 5 best friends...

No outro dia combinei um pequeno-almoço com um grupo de amigas Ashtangis, entre abraços & sorrisos, conversas sobre a prática daquela manhã & sobre a vida em geral, lá fomos retirando os frasquinhos e saquinhos das malas.

Em cima da mesa ficaram recipientes com pós e sementes, verdadeiras porções mágicas que ajudam a mantermos o corpo e a mente mais receptivos para a nossa prática de Yoga e para uma vida mais equilibrada.  


Ao redor da mesa estavam 5 grandes amigas praticantes de Ashtanga e em cima da mesa estavam os melhores amigos da nossa prática.
Um conjunto de Super Alimentos, que contém elevado grau de nutrientes, vitaminas,  minerais e ácidos gordos que permitem que o nosso corpo fique mais limpo, desintoxicado, alimentado e nutrido por substâncias essenciais para o bom funcionamento do nosso organismo. 

Cada uma foi abrindo os seus frascos e sacos, colocando a sua escolha, por cima da salada de fruta, ou dentro do copo do sumo, ou como ingrediente adicional do iogurte com muesli, entre 
conversas e brincadeiras, rimo-nos por vermos que sem combinarmos, todas tínhamos trazido um ou dois convidados extra para o pequeno-almoço. 

Estes nossos convidados são Super Alimentos que ajudam a limpar, a desintoxicar e purificar, mas também equilibram os níveis de vitaminas, como a B12 (tão importante para quem não come carne), de minerais como ferro, cálcio, iodo e zinco, etc. 

OS NOSSOS FAVORITOS SÃO - 
ERVA-TRIGO; SPIRULINA; CLORELA; PROTEÍNA DE CANHAMO & SEMENTES CHIA. 

Se nunca tinham ouvido falar sobre os SUPER FOODS, façam uma investigação na internet, existem vários artigos que esboçam a ligação destes Super Alimentos com a melhoria do nosso sistema imunitário, o reforço de protecção contra doença e o aumento da nossa saúde, em geral. 

" In today´s modern living and working conditions, with inadequate attention to lifestyle, diet & exercise, it is not surprising that the organs of the body are over-loaded. If we cannot eliminate the toxins which are taken into the body, a build up of waste matter is inevitable, and disease follows" (Miele, Lino, Astanga Yoga, 1996, Italy).

Os praticantes de Yoga, acabam por ter um instrumento precioso que obriga a uma maior compreensão da velha máxima, WE ARE WHAT WE EAT, porque temos a nossa prática, que implica movimentarmos o corpo e focarmos a mente, testando quotidianamente a veracidade desta frase e  mesmo os mais preguiçosos, os que mais voltas e desculpas arranjam (como eu), acabam por mais cedo ou mais tarde, mais rápido ou de uma forma mais lenta, ceder à evidência que existe realmente uma forte ligação entre o que comemos e a qualidade da nossa prática & da nossa vida.

*fotos retirada de pesquisa online.


quarta-feira, 25 de abril de 2012

Feed your soul

Não costuma andar pendurado nas árvores,  não  caí do céu,  não é vendido em caixas bonitas nos supermercados da vida, nem é distribuído junto dos semáforos, nem tão pouco vem como oferta dos jornais semanais ou das revistas da moda. Há que ser cultivado, há que ser nutrido e alimentado, há que ser acarinhado e mimado e mesmo quando perdemos o link, apenas restará relembrar as sensações que sentíamos, o aconchego saudável que vivíamos, a alegria interna que caminhava connosco em cada um dos nossos passos. 

Não, não vale a pena pensarmos que conseguiremos comprar, mesmo que tenhamos todo o $ do Mundo. Não, não vale a pena imaginarmos que com cunhas e conhecimentos, chegamos lá. Não, não vale a pena orquestrar esquemas e estratagemas e não,  não podemos passar este fardo para os outros. 

Sim, podemos começar hoje. 
Sim, podemos começar agora.
Sim, está ao alcance de todos.
Sim, é algo concreto e tangível. 
Sim, tende a fugir-nos das mãos e do coração. 
Sim, precisaremos de regressar ao início várias vezes. 
Sim, no começo, no meio e no fim, sentiremos a alma mais feliz. 
Sim, pode ser hoje em cima do tapete, entre uma respiração e a outra, ou durante aquela postura.
Sim, pode ser amanhã depois da aula, em conversa com o porteiro, ou em qualquer outra actividade.
Sim, pode ser daqui a um mês, aquando assistirmos a mais um pôr-do-sol...

Não existe nada mais especial, nada mais bonito, nada com mais significado... porque...

... Paz é o que alimenta a nossa alma...

*foto retirada de busca de Inspire me.

sábado, 21 de abril de 2012

Ashtangis

Sempre que vejo imagens das aulas do Guruji e agora de Sharath Jois, acabo sempre por pensar na magia desta prática que motiva todas aquelas pessoas, a subirem aos seus tapetes de Yoga e numa hora e meia, moverem o corpo ao sabor da sua respiração.

Aquele aglomerado de gente, comprova que o Ashtanga há muito que passou a ser uma prática universal, não importa o género, a idade e o famoso,grau de flexibilidade. Somos praticantes com corpos tão distintos como as nossas mentes, com motivações tão diferentes como conteúdo das nossas almas, mas juntos construímos uma realidade que sustenta que o Ashtanga Yoga, há muito que deixou de ser ensinado a rapazes de 16 anos e que é praticado por qualquer pessoa que sinta que este método de Yoga tem realmente algo de especial. Temos formas e feitios completamente desiguais, mas prática a prática, a nossa intenção vai ficando parecida,  porque andamos todo a tentar encontrar uma forma de conexão.

Esta liberação do Ashtanga Yoga, deveu-se muito ao trabalho moroso e grandioso de Sri T. Krishanamacharya (1888 - 1989) e a Shri K. Pattabhi Jois (1915 -2009), que juntos estudaram e organizaram este sistema para que hoje, todos o possamos praticar. Mas há também que salientar o papel importante de todos os professores que mantém cuidadosamente a ligação com as tradições deixadas  por estes dois grandes mestres, agora difundidas por Sharath, que aliam os conhecimentos e técnicas que aprenderam, com a capacidade de ajustarem o ensino às necessidades dos alunos. Contribuindo para que o Ashtanga Yoga seja visto como um método intenso, forte, físico, mas que pode ser praticado por todos.

Se focarmos os olhos, na primeira foto,  reparamos que algumas pessoas fazem as posturas completamente alinhadas, os pés em ponta, as pernas activas, os braços dirigidos para os lados, as mãos graciosamente à agarrar os pés, a face experientemente rodada para cima, enquanto outros, estão com os pés para baixo, as pernas meio que dobradas, os braços parecem tentar encontrar  equilíbrio, as mãos agarram com força os pés e a face está para a frente, com nítido receio de caírem para trás, mas e daí? Uns estão nas posturas conquistadas por anos de experiência, os outros estão a descobrir o corpo, o controlo da respiração e as bases da postura. Qual deles é Ashtangi? Qual deles é Yogui?

Somos todos...
Andamos todos, uns mais à frente, outros mais atrás a tentar encontrar um mundo interno sereno e calmo. Ser um Ashtangi,  é ser praticante consistente, é encontrar uma disciplina... ser Ashtangi é igual aqui, ali na América, ou na Índia... independentemente das capacidades do nosso corpo, mente e alma.

Se enumera-se a quantidade de Ashtangis que conheci que mal conseguiam tocar com as mãos no chão quando faziam uma flexão à frente, ou aqueles que eram tão nervosos, que mal conseguiam ficar na postura 5 respirações pois parecia-lhes uma eternidade, ou aqueles que tinham o seu emocional tão trocado, que quando sentiam a disciplina a começar a chegar fugiam da prática durante 2 ou 3 dias.
Mas que ano após ano foram fazendo o caminho dos oito passos, provavelmente, ainda não chegaram a Samadhi, mas depois de tantos anos, já tocam com as mãos ao chão, já conseguem respirar focadamente 5 respirações, e mesmo nos dias mais difíceis não fogem do tapete...

Ashtangis?
Somos todos... todos os que praticam.


*fotos retiradas do JOIS YOGA GREENWICH, de Diana Cabrera e Tom Rosenthal