domingo, 4 de julho de 2010
Atitude
Que atitude devemos ter enquanto estamos em cima do tapete? Quer nos dias que nos sentimos inspirados ou naqueles em que estamos preguiçosos, pesados ou rijos, que atitude devemos adoptar de modo a conseguirmos praticar Yoga?
Nada melhor que começar pelo inicio e pelo que nos é ensinado logo na primeira aula e que tantas vezes ouvimos o professor recordar, repararmos como está a nossa respiração, sentindo-a dentro de nós, cada inspiração e cada expiração, permitir que ambas sejam feitas pelo nariz, em Ujjayi Pranayama e que aos poucos, se tornem mais e mais profundas, lentas, longas.
Que o som destas nos conduzam a outro estado de espírito, aquele que ajuda a procurar não o esforço ou a exaustão física, mas a graciosidade e a leveza de cada movimento e cada postura. O amigo e professor de certificado pelo KPJAYI, Alex Medin, refere sempre que a prática de Ashtanga Yoga, é uma prática que está baseada no quanto conseguimos nos manter presentes, conscientes na respiração e em como esta, nos deverá conduzir a este estado de graça, onde não há lugar para o esforço demasiado ou violência.
Não faz sentido continuar a forçar, se nos está a doer determinada parte do corpo, em determinada postura, é nesses momentos que devemos relembrar a respiração e verificarmos se ela continua a estar lenta, suave, profunda ou se se tornou numa respiração rápida, curta, onde o som descrito sempre como semelhante a uma onda, que ora vai e ora vem, é agora mais parecido com o som de um mar agitado, em plena noite tempestiva de inverno. O segredo é voltarmos sempre á respiração, ela é o fio condutor, a música de fundo da nossa prática. É ela que prepara o nosso corpo e acalma a nossamente. É por ela que adoptamos uma "atitude de aceitação e recepção" (Alex Medin).
Se a prática é feita para limparmos o nosso corpo, para tranquilizarmos a nossa mente, para nos sentirmos mais conectados, mais reais, honestos, devemos ter paciência, respeito e disciplina com e por nós mesmos. A prática de Ashtanga Yoga é uma prática altamente espiritual, irreversivelmente transformadora e amplamente grandiosa, onde o nosso potencial como seres humanos, é elevado ao seu expoente máximo.
*Alex Medin, Casa Vinyasa, 2010
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