quarta-feira, 22 de julho de 2015

TAKE TIME TO DO WHAT MAKES YOU HAPPY!



Há 5 meses que o meu marido mudou de vida, fui reparando que passou a acordar cedo, bem cedo, despachava-se e vinha dar-me um beijinho quando estava prestes a sair de casa, eu ainda estava naquele estado de mais para lá do que acordada, sentia-lhe o beijo e escutava ao longe as suas palavras, "Vou para o Yoga.". Quando ele saía, eu abria os olhos para espreitar o relógio, eram 6.10 da manhã! Aquilo começou por três vezes à semana, até que passou a ser a rotina de 5 dias da semana, fui denotando as mudanças no seu corpo, emagreceu, não que precisasse, mas mês a mês os abdominais ganharam a forma de outros tempos, e acima de tudo ria-se constantemente, brincava comigo, ligava-me a meio da manhã para contar alguma piada, trabalhava com muito mais animo, ao jantava contava com entusiasmo sobre os projectos que estava a desenvolver para Angola. E mesmo quando ia a Luanda controlar as duas novas obras, além da mala, levava agora um tapete de Yoga!
Imaginem o meu marido, aquele homem alto, de fato vestido, com um saco com um tapete de Yoga ao ombro, esta imagem daria para o princípio de um simpático filme publicitário às águas, do Luso ou das Pedras, ou outra marca, tipo: engenheiro civil de sucesso, fato vestido, reuniões para decisões em grandes obras e bebe um golo de água, haveria um primeiro plano ao rótulo da garrafa e de seguida um outro plano com o mesmo homem, o meu marido, a fazer o tal do Ashtanga, em plena respiração e movimentos, no fim ouvíamos uma voz suave de fundo "Mude de vida, beba água do Luso, (ou Pedras, ou outra qualquer) e faça Yoga!".

 Os meses passaram e o Francisco parecia realmente estar numa fase feliz e  eu estava feliz por aquilo tudo, ele falava com entusiasmo do tal do Shala, da prática de Ashtanga, da professora, de ter recebido posturas novas, das aulas Guiadas das 6as feiras, dos colegas de prática. O Ashtanga passou a fazer parte do seu dia-a-dia, mesmo em viagens fazia a tal das sequências. E eu presenciei algumas vezes à sua prática, como quando fomos em viagem os dois pelo nosso 5º ano de casamento e ele trouxe o tapete com ele. Paris, romance, caminhadas a dois e Ashtanga Yoga pela manhã, no quarto de hotel. Lembro-me de abri os olhos e de o ver em cima do tapete, acordei logo, porque quis assistir ao vivo, achei lindo o meu marido a fazer posturas, a respirar, com ar de concentrado. E quando ele acabou, disse-lhe, "Quando voltarmos quero ir contigo experimentar uma aula". Ele respondeu, ainda a suar e a sorrir, "Joana estava a ver que nunca mais pedias! Vais adorar logo na primeira aula!"
E claro que agora somos dois cá em casa, a acordar cedo e a irmos para o nosso Ashtanga, também já tenho um saco e tapete de Yoga e definitivamente quando penso nisto tudo, nestes últimos 5 meses, lembro-me outra vez do filme publicitário às águas, acho que eu e o Francisco seríamos uns protagonistas à altura, de qualquer comercial de águas, com gás ou sem. Seria tipo: ali vão eles, tão queridos, bebem a água tal e fazem Ashtanga Yoga, sorriem e são felizes para todo o sempre. Era tão bom a parte do felizes para sempre! Mas como os contos de fadas não existem, por agora bebemos água, de várias marcas e com gás também,  fazemos Ashtanga e sorrimos na maioria dos dias!
Se é culpa da água ou do Ashtanga? Isso não sei!

 EN 
It has passed 5 months ago that my husband changed his life, I was noticing that he started to wake up early, very early, once he finish his preparations, he would give me a kiss as he was about to leave home, I was still in that state more sleeping than awake, felt his kiss and listened from far his words, "I go to Yoga.". When he left, I opened my eyes to peek at the clock, it was 6:10 in the morning!
It started three times a week, until it became his routine of five days of the week, I denoted the changes in his body, lost weight, not that much needed, but month-to-month he won abdominal form of other times, and above all, he  laughed constantly,  teased me, called me mid-morning to tell a joke, worked much happier, at  dinner he would spoke with enthusiasm on projects that he was developing for Angola. And even when he went to Luanda, to control both new works, he brought  in addition to the suitcase, a yoga mat! Imagine my husband, that tall man dressed in suit, with a suitcase and with a yoga mat on the shoulder, this would give the principle of friendly advertising film to water, LUSO or PEDRAS, or other brand, type: civil engineer success, dress in a suit, meetings to decisions on major works and drink a sip of water, there would be a big plan to the label of the bottle and then another plan with the same man, my husband, practicing Ashtanga in full breath and movements, at the end we would heard a soft voice fund "Change your life, drink water of Luso (or Pedras, or whatever) and do yoga!".

 Months passed and Francisco seemed to be in a happy time and I was glad for it, he spoke with such enthusiasm of the Shala, the practice of Ashtanga, the teacher, having received new positions, the Guided classes of Friday morning,  the practice peers. The Ashtanga became part of his day-to-day, even on trips, he made the postures sequences. And I witnessed a few times his practice, like when we both travelled for our 5th year of marriage and he brought the mat with him. Paris, romance, walking side by side and Ashtanga Yoga in the morning, in the hotel room. I remember I opened my eyes and see him on the mat, I woke up just because i wanted to watch in live, my husband, i thought he was beautiful, doing postures, breathing, looking so focused. When he finished, I told him, "When we get back I want to go with you try a class." He said, still sweating and smiling, "Joan i was already thinking that you weren´t going to ask! You'll love it, right on your first class!"
Of course, now we are two at our home, to get up early and go to our Ashtanga, i also already have a bag and yoga mat, and definitely when I think about it all these last five months, I remember again the advertising film of the waters, and I think that me and Francisco we would be great protagonists of any water commercial, with or without gas. Would be like, there they go, so sweet, drinking water and practicing Ashtanga Yoga, smiling and will be happy ever after. It was so good the part of the happily ever after! But as the fairy tales do not exist, for now we drink water, various brands and also with gas, we do Ashtanga,  and we smile most days! If is from the water or the Ashtanga? I do not know! 

sexta-feira, 10 de julho de 2015

#PANIC ATTACKS #ANXIETY #ASHTANGA YOGA




"Não era a primeira amiga que me falava assim, parecia que aquela coisa de andar a ter os ataques de pânico e ansiedade tinha ficado marcada no meu corpo, ou na minha cara, ou se calhar eram as bombas de comprimidos que andava a tomar que me deixavam com o aspecto de KO. Ela falou e falou sem parar, que eu tinha de desacelerar, que eu devia fazer Yoga, que eu devia ter cuidado com a alimentação, que era impensável continuar a fumar daquela maneira, que tinha de comer, que tinha sei lá mais o quê. E depois de a ouvir por meia hora, ou ponto de fumar 6 cigarros seguidos, lá guardei no tlm o número da professora dela. Quando achava que já tinha parado com o mesmo discurso que andava a ouvir naqueles últimos 3 meses de todas as minhas amigas, continuou por mais meia hora a falar de como se sentia com o tal do Ashtanga, que fazia bem a isto e aquilo, que eu olhasse para era, que tinha perdido a celulite, que olhasse para os músculos dela, "Vês? Toca!" eu boneco mecânico, passei o cigarro para a outra mão e apalpei-lhe a coxa como a comprovar, enfim só a Carlota para me fazer apalpar-lhe a perna! Mas devia ser do comprimido da manhã, que me deixava o cérebro em estado Zen, qual Yoga qual quê, e lá apalpei o tal do músculo que ela tão orgulhosa falava. E lá continuou, disse que estava a trabalhar muito melhor, que a prática do Ashtanga a estava a ajudar a ganhar foco, enfim, não me lembro quando parou de falar, mas sei que aquilo demorou. Na Segunda-feira seguinte,  depois de ter ficado Domingo ao final do dia, umas boas horas, dentro do carro, sem conseguir sair, porque do nada, fiquei num estado de nervos, ao ponto de achar que o coração me ia saltar pela boca. Fiquei para lá, a tremelicar por todo o lado, enquanto via flashes mentais da minha vida, que naquele momento parecia ter perdido se não todo, pelo menos algum sentido. E se os comprimidos não estavam a fazer muito, a não ser darem-me uma "mocas" de sono, de me fazerem estar lenta, e com a iminência da licença de baixa estar quase a terminar, acendi mais um cigarro e liguei, atendeu do outro lado uma voz feminina, a tal professora. Foi directa, explicou horários, como seria a aula e disse para eu ir experimentar nessa tarde. Quando desliguei o tlm, e esmaguei a beata no cinzeiro, ainda pensei, que não iria, mas às 18.15 estava à porta da escola, envergonhada, não sabia porquê a razão do embaraço, talvez por aquelas outras pessoas, todas com os tapetes de Yoga debaixo do braço, a falarem uns com os outros, agora é que a Carlota podia aparecer, distrair-me com as suas conversas, lá entrei dentro da casa, a professora recebeu-me com um sorriso e com indicações, outra vez directas, de onde deixar as minhas coisas, de onde colocar o tapete. 

Estava a observar-me, enquanto caminhava na minha direcção para perguntar, "Maria, há alguma coisa que preciso de saber? Se tens alguma lesão, como estão as tuas costas, joelhos?" eu olhei para ela e lembro-me que me apeteceu responder, "não, com isso parece que ainda está tudo bem, a minha cabeça é que está um caco!" Mas acenei um aparente não, do género, "está tudo bem!" Ela começou a aula, falou da respiração, pediu-me para sentir o ar a entrar e sair, respirar pelo nariz,  passado uns instantes de tanto respirar, como se não respirasse há séculos, senti-me como se estivesse a inspirar e a expirar pela primeira vez. Depois pediu-me para levantar-me e começou a mostrar-me movimentos e posições, obrigou-me a repetir sei lá quantas vezes aquelas sequências, toda eu transpirava, caíam-me gotas de suor da testa, escorria água pelas pernas e braços, lembrei-me dos músculos da Carlota e deu-me vontade de rir, como há muito tempo não tinha vontade de rir. Lá 
continuei naquele jogo de tentar respirar pelo nariz, malditos cigarros! E fazer aquelas posições. 


Haviam outras pessoas na sala, pareciam mais avançadas, de vez em quando perdia-me a olhar para elas, dobravam-se todas! Mas a professora logo pedia para eu me concentrar no que estava a fazer, toda eu tremia, de entusiasmo mas também por tudo o que estavam a ser aqueles últimos 3 meses, desde que aquele dia em que decidi mandar um livro contra a cabeça da minha chefe! 
Foi uma terça-feira, depois de ter estado todo o fim-de-semana a trabalhar, porque ela assim o tinha exigido, porque precisávamos de conseguir mais aquele projecto e na Segunda-feira de ter questionado tudo o que fiz, na Terça depois de mais algum comentário, simplesmente pifei! A psiquiatra chamou outro nome, mas eu para as minhas amigas contei que Pifei! E vai Maria de jogar o primeiro livro que encontrou à cabeça da mulher, sorte que é amiga do meu pai, sorte que sempre produzi bons resultados para a empresa, sorte que me deram baixa. Azar de ter de lidar com isto tudo. 

Chegou a uma fase da aula, em que indicou deitar-me e descansar. Descansar, pensei eu, era bom! Mas sem comprimidos, não achei possível. Ela foi ter comigo, e com voz calma, pediu-me para seguir a minha respiração, deixar que a respiração fosse continua, estável, e não é que eu dei comigo com a sensação de acalmar, pareceu que a tremedeira de fazer aquelas posturas todas, de transpirar como nunca, deixou-me cansada, mas um cansaço bom. 
No fim da aula, a professora veio falar comigo e eu perguntei-lhe se aquele Yoga ia ajudar a quem tinha problemas com ataques de pânico e ansiedade, ela sorriu, como se já soubesse o que se passava comigo. Disse-me, que apenas me tinha ensinado um pouco do início das sequências, que se eu decidisse continuar a praticar, que faria um trabalho progressivo comigo, que ganharia instrumentos para usar no meu dia-a-dia e melhor lidar com este turbilhão de sensações, emoções. Que a própria tomada de consciência da respiração e todos os efeitos das posturas que ajudariam a sentir-me melhor. E foi assim que comecei a praticar 4x por semana Ashtanga Yoga, foi também pela ajuda da prática que deixei, passado uns meses os comprimidos, que retomei o meu trabalho, que 
não foi fácil porque ainda hoje acho que tenho a alcunha de Louca da empresa, mas ali estou a produzir resultados, claro que mudaram-me de departamento, com certeza que a minha ex-chefe exigiu nunca mais ter de lidar comigo. Aprendi a relativizar algumas coisas, a melhor organizar os meus dias, a ter algum tempo apenas para mim mesma, fazer alguma coisa que gosto, tirar partido desses momentos para estar bem comigo. Seja no meu tapete, seja enquanto caminho descalça pelo Guincho, ou quando vou ao cinema com o meu enteado. Não trago problemas de trabalho para casa, tenho um dia-a-dia com o Miguel muito mais harmonioso. Quando conheci o Miguel e contei daqueles meses que levaram àquela Terça-feira, do excesso de trabalho, dos fins-de-semana sem descanso, dos comentários maldosos daquela mulher que chefiava toda uma equipa de gente que viva amargurada só com a ideia de termos de ir trabalhar, quando falei do livro a voar contra a cabeça dela, dos meses de cigarros, de caos, de medo, de ansiedade e das pernas tonificadas da Carlota, do tal do Ashtanga, que depois passou a fazer parte do meu quotidiano, ele riu-se muito, como se fosse uma história de filme, eu hoje riu-me também, mas a verdade é que foi a minha vida. Quanto aos ataques de pânico, à ansiedade, não tenho crises há uns bons tempos. E sem dúvida que a última vez que eles decidiram aparecer, lembrei-me do que faço no final da minha prática de Ashtanga, respirar e induzir-me a um relaxamento. Fico quieta, respiro, liberto o corpo e aquela ansiedade passa. Não sei quanto tempo mais terei esta manifestação física, mas sob conselho da minha médica, o Ashtanga tem ajudado. 
Obrigada Vera.
Obrigada Carlota." 

EN
" It was not the first friend who told me so, it seemed that the thing to have panic attacks and anxiety had been marked on my body or in my face, or perhaps were the pills that I was taking that left  me with the aspect of KO. She talked and talked endlessly, that I had to slow down, that I should do yoga, I should be careful about the food, it was unthinkable continue to smoke like that, I had to eat. And after listening for half an hour, and smoking 6 cigarettes a row, i kept in my cellphone the her teacher's number. When i thought she had stopped with the same speech that i was listening to those last three months of all my friends, she continued for another half hour talking about how she felt with the Ashtanga, which did well to this and that, that I looked at her, she had lost cellulite, that i should looked at her muscles, "See? Touch it!" I mechanical doll, passed the cigarette to the other hand and felt her thigh as proof, only Carlota to make me feel her leg! But it should be the morning tablet, which left my brain in Zen state, which Yoga which what, and there i was fumbled the muscle so she spoke so proudly. She continued, said she was working much better, that the practice of Ashtanga was helping her gain focus, i can not remember when she stopped talking, but I know it took some time. The next Monday, after being Sunday at the end of the day, a good hour in the car, unable to leave because of the blue, I was in a state of nerves to the point of thinking that my heart would jump me from the mouth. I was there, the shaking everywhere, watching mental flashes of my life, which at the time seemed to have lost if not all, at least some sense. And if the tablets were not doing much, beside to give me sleep, making me be slow, and the imminence of doctor permit was almost finished, I lit another cigarette and called, it attended across a female voice, the teacher. She was direct, explained the schedules, how would  be the class and told me to go try that afternoon. When I hung up the phone's and blessed crushed in the ashtray, i  even thought that i would not go,  but at 6.15pm, i  was at the school gate, embarrassed, did not know why the reason of embarrassment, perhaps because those other people, all with Yoga mats under their arm, talking to each other, now would be the time to Carlota appear, distracting me with her conversations, i went into the house, the teacher greeted me with a smile and with indications, again direct, she told me where to leave my stuff, where to put the Yoga mat.


She was watching me as she walked towards me to ask, "Mary, is there anything I need to know? If you have an injury, how are your back, knees?" I looked at her and I remember that i wanted to answer, "no, it seems that is still okay, my head is that it is a wreck!" But I waved an apparent no, like, "it's all right!" She started the class, spoke of breath, asked me to feel the air moving in and out, breathe through my nose, after some moments i felt i was breathing like if i not breathed for centuries, I felt as if i inspire and expire for the first time. Then she asked me to get up and started showing me moves and positions, forced me to repeat whatever how many times those sequences, all I was sweating, forehead drops, water dripped down my legs and arms, I was reminded of the Carlota muscles and made me want to laugh, how long ago did not feel like laughing. There i  continued that game of trying to breathe through the nose, bloody cigarettes! And doing those positions.

There were others in the room, seemed more advanced, and i lost myself looking at them, they all bended so much! But the teacher then asked to focus on what I was doing, all I was trembling with excitement but also for all who were to be those last 3 months since that day I decided to throw a book against the head of my boss! It was a Tuesday, after having been all weekend working, because it was she so required, because we needed to gain one more project and Monday have questioned everything I did, on Tuesday after one more comment, i just snap! The psychiatrist called another name, but I for my friends told that snap! And there was Mary throwing the first book she found agains the woman's head, lucky she was a friend of my father, lucky that i always produce good results for the company, lucky i got doctor permit. Unlucky to have to deal with all that.

At one point of the class, she indicated me to lie down and rest. Rest, I thought,  it would be good! But without tablets, I did not think possible. She came close to me, and with a calm voice, asked me to follow my breath, letting the breath stable, and it turns out I found myself with a sense of calm, it seemed that the shaking of making all those postures, perspiring as ever, left me tired, but a good tired. At the end of the lesson, the teacher came to me and I asked her if that Yoga would help those who had problems with panic and anxiety attacks, she smiled, as if she already knew what was going on with me. She told me that just had taught me a bit of the beginning of the sequences, that if I decided to continue to practice, that would make a progressive work with me, i would gain tools to use in my day-to-day and better deal with this whirlwind of sensations, emotions. That the actual breath awareness and all the effects of postures that help me to feel better. And this is how I started practicing Ashtanga Yoga 4 days a week, was also the help of practice that i left, past few months, the pills, that i returned to my work, which was not easy because even today I think I have the nickname, of  Mad of the company,  but I am there producing results, of course they changed me department, sure that my former boss demanded never have to deal with me. I learned to relativize some things, to better organize my days, to have time for just myself, do something I like, take advantage of these times to be fine with me. Be on my yoga mat, either while walking barefoot at Guincho, or when I go to the movies with my stepson. I do not bring work problems home, I have a day-to-day with Miguel much more smoothly. When I met Miguel and i told about those months  that leading up to that Tuesday, the overwork, the weekends without rest, the nasty comments that woman who led a whole team of people that live only embittered with the idea of ​​having going to work, when I spoke of the throwing book against her head, the months of cigarettes, chaos, fear, anxiety and the toned Carlota legs, of the  Ashtanga, which then became part of my daily life, he laughed a lot, like a film story, today i also i laugh, but the truth is that it was my life. As for panic attacks, anxiety, I have no crisis quite for some good time. And no doubt that the last time they decided to show up, I remembered what I do at the end of my practice of Ashtanga, breathing and induce me to relaxation. I sit still, breathe, free the body and that anxiety goes away. I do not know how much longer I will have this physical manifestation, but on the advice of my doctor, Ashtanga has helped.
Thank you Vera.
Thanks Carlota."